Rio de Janeiro interrompe vacinação do grupo de 3 e 4 anos contra Covid-19
Secretaria Municipal da Saúde disse que não recebeu remessa do Ministério da Saúde, mas que tem estoque para aplicação da segunda dose de público imunizado
A partir desta terça-feira, 9, a vacinação das crianças de 3 e 4 anos contra a Covid-19 será interrompida na cidade do Rio de Janeiro por falta de doses da CoronaVac, único imunizante autorizado para proteger esta faixa etária contra o novo coronavírus. A Secretaria Municipal da Saúde informou que o Ministério da Saúde não enviou a remessa solicitada no mês passado.
Segundo a pasta, 39.319 crianças receberam a primeira dose entre 15 de julho e esta segunda-feira, 8. Elas vão receber a segunda dose a partir do próximo sábado, 13, pois o município tem estoque para completar o esquema vacinal.
A capital fluminense foi a primeira a iniciar a vacinação desse público, dois dias depois de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar a CoronaVac, imunizante do Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, para a faixa etária.
“Quando a imunização desta faixa etária foi aprovada pela agência federal, o município do Rio tinha doses da vacina em estoque, o que permitiu o início imediato da aplicação. Apesar das solicitações de novos aportes, neste momento, não há previsão de quando nova remessa será enviada pelo Ministério da Saúde”, informou a secretaria, em nota.
A fabricação da CoronaVac foi interrompida em outubro do ano passado. Segundo o instituto, o último lote foi enviado ao Ministério da Saúde em fevereiro deste ano, totalizando 110 milhões de doses entregues. A produção foi suspensa porque, desde então, não houve mais pedidos.
Tendo em vista os baixos estoques do imunizante, o ministério recomendou que estados e municípios utilizem a CoronaVac na população de 3 e 4 anos imunocomprometida nesta etapa da campanha.
No mês passado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que a pasta vai adquirir as doses de CoronaVac por meio da Covax Facility, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com a Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi) e a coalizão internacional para inovação em epidemias CEPI. A decisão, segundo ele, leva em consideração o acesso a doses prontas e não ao insumo para posterior fabricação, como seria necessário caso o ministério optasse por comprar a vacina do Butantan.
Abaixo, os números da vacinação no Brasil: