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Reforço de qualquer vacina traz forte resposta após doses da CoronaVac

Terceira dose dos quatro imunizantes contra a Covid-19 induz um aumento de anticorpos de quem recebeu as primeiras doses da vacina do Instituto Butantan

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 fev 2022, 11h33

Uma terceira dose de reforço da vacina contra a Covid-19 da Oxford-AstraZeneca, Pfizer-BioNTech, Janssen ou CoronaVac induz um aumento significativo nos níveis de anticorpos das pessoas que receberam as primeiras duas doses da CoronaVac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. As respostas mais fortes foram vistas em horários mistos, inclusive contra as variantes delta e ômicron. É o que mostra um estudo, feito por pesquisadores do Brasil e da Universidade Oxford e publicado nesta quarta-feira, 16, no Lancet, prestigiada publicação científica.

“Este estudo mostra que a vacina inativada, CoronaVac, pode ser reforçada com uma variedade de vacinas diferentes, com as respostas mais fortes quando um vetor viral ou imunizante de RNA é usado. A prioridade global continua sendo a primeira e a segunda doses, mas este estudo oferece opções importantes para os formuladores de políticas de saúde em muitos países onde as vacinas inativadas, como CoronaVac, foram usadas”, diz Andrew Pollard, diretor do Oxford Vaccine Group.

Na publicação, os pesquisadores detalham os resultados de um estudo randomizado com 1.240 voluntários em São Paulo e Salvador, no Brasil, dos quais 1.205 foram elegíveis para inclusão na análise final. “Os novos dados apresentados mostram a resposta extraordinária a uma terceira dose de vacinas contra o coronavírus em um esquema vacinal heterólogo, apoiando a recomendação do Ministério da Saúde do Brasil de usar vacinas de RNA e vetores virais para o programa de reforço. Esses dados também orientarão outros países de baixa e média renda na criação dos programas de reforço mais otimizados e acessíveis”, explica a professora Sue Ann Costa Clemens, CBE do Oxford Vaccine Group, e líder do estudo no Brasil, que recentemente concedeu uma entrevista a VEJA.

Esses voluntários foram divididos em quatro grupos, recebendo uma dose de reforço das vacinas contra o coronavírus dos imunizantes da Oxford-AstraZeneca, Pfizer-BioNTech, Janssen ou CoronaVac, seis meses após suas vacinações anteriores com a CoronaVac. Os níveis de anticorpos eram baixos antes da administração das doses de reforço: apenas 20,4% dos adultos com idades entre 18-60 e 8,9% dos adultos com mais de 60 anos. Estes, porém, aumentaram significativamente em todos os grupos e regimes de vacina de reforço, 28 dias após a vacinação, com as respostas mais altas registradas após as vacinas de RNA e vetor viral, incluindo contra as variantes delta e ômicron. “Esse aumento nos anticorpos neutralizantes pode melhorar a proteção contra a infecção em indivíduos vacinados e com a dose adicional”, concluem os pesquisadores.

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