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Redução da mortalidade infantil acelerou na última década

Entre 1990 e 2011, o número de mortes de crianças com menos de cinco anos caiu de 12 milhões para 6,9 milhões ao ano

Por Da Redação
13 set 2012, 11h11

Um informe do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostra que, desde 1990, o mundo fez avanços rápidos para reduzir a mortalidade infantil. Segundo as estimativas divulgadas em um relatório anual nesta quinta-feira, o número de mortes de crianças com menos de cinco anos caiu de quase 12 milhões em 1990 para 6,9 milhões em 2011. E a redução acelerou durante essas duas décadas: entre 2000 e 2011, a taxa anual de redução foi de 3,2%, comparado a 1,8% entre 1990 e 2000.

Os autores do estudo destacaram que esses avanços foram constatados tanto em países de renda baixa quanto de média e alta, o que significa que o nível de desenvolvimento econômico não é necessariamente um obstáculo para combater a mortalidade infantil.

Embora tenha comemorado os avanços, o diretor-geral da organização, Anthony Lake, lembrou que milhões de crianças continuam morrendo anualmente por conta de doenças evitáveis. Segundo o estudo, 19.000 crianças morrem por dia – 40% delas no primeiro mês de vida. “Estas vidas poderiam ser salvas com vacinas, alimentação adequada, bem como com cuidados médicos elementares para crianças e suas mães”, afirmou Anthony Lake.

Por região – A mortalidade de crianças menores de cinco anos se concentra cada vez mais na África subsaariana e no sul da Ásia, que somaram mais de 80% dos óbitos nessa faixa etária em 2011. Em média, uma em cada nove crianças morre antes dos cinco anos na África subsaariana.

Metade das mortes aconteceu em cinco países: República Democrática do Congo, Índia, Nigéria, Paquistão e China. As principais causa de morte são a pneumonia, complicações no parto prematuro e diarreia, que somam 43% dos casos.

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Em junho de 2010, a ONU pediu para transformar em prioridade o combate à mortalidade infantil e o fomento à saúde materna. Os temas estão entre os oito que fazem parte dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que devem ser cumpridos até 2015. Adotados em 2000, eles incluem a redução à metade da pobreza, redução das grandes pandemias, queda da mortalidade infantil e do analfabetismo, bem como conseguir a igualdade entre os sexos, a melhoria da saúde materna e a proteção ao meio ambiente. O oitavo é a criação de uma associação mundial para o desenvolvimento.

Meta antecipada

Com quatro anos de antecedência, o Brasil atingiu uma das Metas do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU), a que se refere à redução da mortalidade infantil até 2015. A queda de mortes registrada no País em 2011 foi uma das cinco maiores do mundo. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Banco Mundial e OMS.

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Em 2000, a ONU fixou metas sociais para os países e deu 15 anos para que governos chegassem perto dos objetivos. A base de comparação é o ano de 1990. No caso do Brasil, a meta era de que as 58 mortes registradas para cada mil crianças em 1990 fossem reduzidas para 19 por grupo de mil em 2015. Mas, ao final de 2011, a taxa já era de 16 para cada mil crianças.

Em 1990, 205.000 crianças com menos de 5 anos morreram no País. Em 2011, foram 44.000 – uma queda de 73%, que apenas quatro outros países superaram. Apesar de ter atingido a meta, o Brasil ainda está distante dos índices de países ricos. Na Itália, em Portugal e na Espanha, a proporção de crianças que morrem é de apenas um quarto da taxa brasileira. Em 2011, 6,9 milhões de crianças morreram no mundo antes de completar 5 anos. Em 2000, essa taxa era de 12 milhões.

Melhor atendimento médico, crescimento da renda familiar, expansão dos serviços de saúde, como ampliação da cobertura de vacinas e antibióticos, são os motivos do avanço brasileiro. “�Atingir a meta estabelecida pela ONU antes do prazo é uma grande vitória. Nos últimos dez anos, o esforço do Ministério da Saúde de levar profissionais para cada canto do País ajudou a reduzir pela metade a mortalidade infantil. Mas queremos avançar ainda mais, com a Rede Cegonha, reforçando a qualidade no pré-natal e na assistência ao parto, e a expansão das UTIS neonatais�”, afirmou o ministro Alexandre Padilha.

(Com agência Estado e France-Presse)

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