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Quem se avalia com boa saúde tende a viver mais, diz estudo

Classificar-se como saudável não depende somente de fatores de risco e doenças, mas também de bem-estar mental, social e comportamento otimista

Por Da Redação
10 fev 2012, 11h33

Pesquisadores do Instituto de Medicina Social e Preventiva da Universidade de Zurique, na Suíça, concluíram que a maneira pela qual as pessoas avaliam a própria saúde está ligada à longevidade. E, além disso, avaliar-se como saudável vai além de estar livre de fatores de risco, mas também engloba bem-estar mental e social. A pesquisa completa foi publicada nesta quinta-feira no periódico online PLoS ONE.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Health Risk or Resource? Gradual and Independent Association between Self-Rated Health and Mortality Persists Over 30 Years

Onde foi divulgada: periódico online PLoS ONE

Quem fez: Matthias Bopp, Julia Braun, Felix Gutzwiller e David Faeh

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Instituição: Universidade de Zurique, Suíça

Dados de amostragem: 8.251 homens e mulheres maiores de 16 anos

Resultado: Quanto melhor uma pesoa avalia sua saúde, menor o risco de mortalidade em relação a indivíduos de mesma idade e sexo. Quem se considera com saúde ‘excelente’ não necessariamente está livre de doenças ou fatores de risco, mas sim tem atitude otimista e bem-estar físico, mental e social.

Os autores do estudo avaliaram 8.251 homens e mulheres maiores de 16 anos que haviam participado de um estudo de saúde entre 1977 e 1979 e que foram ligados até 2008 à Corte Nacional Suíça. Foram analisados dados como nível de escolaridade, estado civil, tabagismo, histórico clínico, medicações tomadas, taxas de glicemia e pressão sanguínea.

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Os pesquisadores observaram que o risco de mortalidade aumentou de forma constante de acordo com a classificação que cada pessoa deu à sua saúde. Ou seja, crescia conforme a saúde fosse considerada ‘muito ruim’, ‘ruim’, ‘razoável’, ‘boa’ e ‘excelente’. Os homens que, no início do estudo, haviam avaliado sua saúde como ‘muito ruim’ apresentaram uma chance 3,3 vezes maior de morrer antes do que homens da mesma idade que haviam descrito seu estado de saúde como ‘excelente’. Entre as mulheres, esse risco foi 1,9 maior.

Além disso, a avaliação que cada um fez da própria saúde não variou tanto com a presença de fatores como níveis de escolaridade, tabagismo, histórico médico e situações clínicas como pressão alta, por exemplo. “Nossos resultados indicam que pessoas que classificam seu estado de saúde como excelente têm atributos que ajudam a manter uma saúde boa, como atitude otimista e positiva e maior satisfação com a própria vida”, afirma David Fah, um dos autores do estudo.

Os resultados da pesquisa sustentam um conceito preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que classifica boa saúde não como falta de doença, mas sim como um completo bem-estar físico, mental e social. “Bons médicos não devem, portanto, somente olhar para a presença de fatores de risco ou doenças, mas também verificar quais os recursos de saúde seus pacientes têm e em que tipo de ambientes vivem. E melhorá-los se for necessário”, diz Fah.

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