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Por que recepcionistas de consultórios podem afastar pacientes

Uma pesquisa mostrou que o questionamento sobre o motivo da consulta é um dos principais motivos para as pessoas deixarem de ir ao médico

Por Da redação
12 out 2016, 15h42

Recepcionistas interrogando os pacientes sobre por que eles precisam de uma consulta pode ser um dos motivos pelo qual algumas pessoas doentes evitem procurar um médico. De acordo com um estudo publicado recentemente no periódico científico Journal of Public Health, 40% dos quase 2.000 adultos entrevistados disseram não gostar de ter que discutir os seus males com a secretária, a fim de conseguir uma consulta. As informações são da rede britânica BBC.

As recepcionistas são a ponte entre o médico e o paciente e é seu trabalho decidir quais pacientes devem ver o médico e com qual urgência. Embora seu papel nesse processo seja vital, alguns pacientes reclamam de uma postura considerada invasiva.

No estudo, realizado pela pela Cancer Research UK, as três principais barreiras, na opinião dos pacientes, na hora de marcar uma consulta foram: dificuldade para conseguir uma consulta com um médico específico (41,8%), dificuldade de conseguir uma consulta em um momento conveniente (41,5%) e não gostar de ter que falar com a recepcionista sobre seus sintomas (39,5%).

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Além disso, cerca de um terço dos pacientes entrevistados também temiam ser vistos de forma negativa como o tipo de pessoa que “faz barulho”, escreveram os autores. Jodie Mofatti, líder do estudo, pediu que as pessoas com sintomas busquem ajuda, em vez de sofrer em silêncio. Segundo ele, sintomas preocupantes que precisam de uma opinião médica incluem sangramento, tosse persistente, mudança no hábito intestinal e caroços ou inchaços inexplicáveis.

Especialistas afirmam que os pacientes devem ser forte e não aceitar um não como resposta, se tiverem sintomas que precisam ser investigados. Diante desses resultados, o governo da Inglaterra afirmou que irá financiar o treinamento para ensinar as recepcionistas a serem mais sensíveis às necessidades dos pacientes.

Para Maureen Baker, presidente do Royal College of GPs, é natural que os pacientes queiram falar diretamente com seu médico sobre sua saúde, principalmente quando é algo sensível ou constrangedor, mas isso nem sempre é possível. “Atualmente os médicos atendem mais paciente do que nunca e cabe à recepcionista garantir o bom funcionamento da prática e fazer o seu melhor para ajudar os pacientes a ver determinado médico em um momento adequado. No entanto, é importante lembrar que elas não são profissionais de saúde, e não estão em posição para tomar decisões sobre a saúde dos pacientes.”, afirmou.

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Sistema de saúde no Reino Unido

A pesquisa foi feita com base no sistema de saúde do Reino Unido, que funciona da seguinte forma: o National Health Service (NHS), sistema público de saúde do Reino Unido prevê que todos que vivem legalmente na Inglaterra têm direito a consultas, atendimentos, tratamentos e, em alguns casos, até medicamentos gratuitos.

Para atendimento médico, todos os bairros de Londres contam com um General Practitioner Surgery – ou GP – que funciona como um centro de saúde local e um médico geral é designado para cuidar das pessoas registradas em determinado bairro. Ele faz as consultas e, se achar necessário, encaminha o paciente para um especialista.

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