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Por que diversas capitais suspenderam a vacinação contra Covid-19

São Paulo e outras 4 cidades paralisaram a aplicação da 1ª dose; fatores incluem alta demanda e irregularidade na distribuição das doses

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 jun 2021, 18h43 - Publicado em 22 jun 2021, 18h41

Nesta terça-feira, 22, cinco capitais suspenderam a aplicação da primeira dose contra a Covid-19 devido à falta de vacinas. São elas: São Paulo, Aracaju, Campo Grande, João Pessoa e Florianópolis. De acordo com as prefeituras locais, a alta demanda nos últimos dias, associado à ausência de novas entregas pelos estados, motivou as decisões. “A alta adesão à vacinação antiCovid-19 na capital, com cerca de 90% das pessoas entre 50 e 59 anos de idade vacinadas com a primeira dose, fez com que todos os estoques fossem utilizados”, disse a prefeitura da capital paulista, em comunicado.

Para Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), a entrega irregular de vacinas pelo Ministério da Saúde, com descontinuidades frequentes, é o principal fator por trás das paralisações. “Isso é o que vivenciamos o semestre inteiro. O não cumprimento do cronograma devido aos atrasos na entrega de insumos para a produção de novas doses ou na chegada de vacinas prontas cria dificuldades logísticas para os municípios, que tem que controlar e hierarquizar a aplicação, além de reservar a segunda dose.”, afirma Kfouri.

Em São Paulo, a vacinação será retomada na quarta-feira, 23, para pessoas com 49 anos. A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou em nota que disponibilizou para o município 181.000 doses para a continuidade da aplicação da primeira dose e 30.000 para a imunização de segunda dose. A vacinação de pessoas com 48 anos na capital paulista, prevista para ter início na quarta, foi adiada para quinta-feira, 24.

As demais capitais – Aracaju, Campo Grande, João Pessoa e Florianópolis – afirmaram que continuam com a aplicação da segunda dose, mas ainda não há previsão para retomada da administração de primeiras doses.

Kfouri acredita que o cenário irá melhorar no segundo semestre, quando espera-se que o abastecimento ocorra de forma mais consistente, além de estarem previstas mais doses. Mas ressalta que as paralisações atuais afetam a confiança do público no programa. “Perde a credibilidade e a confiança da população”, afirma.

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Em nota, o Ministério da Saúde informou que depende das entregas dos fabricantes para realizar a distribuição aos estados. “Nesta semana, a pasta enviou aos estados e DF mais de 7,6 milhões de doses da AstraZeneca/Fiocruz. Ainda nesta semana, há previsão de mais distribuição da vacina da Pfizer. O quantitativo será definido após reunião entre União, estados e municípios. É importante ressaltar que a responsabilidade pela distribuição aos municípios é da gestão estadual”, disse a pasta.

As 7,6 milhões de doses da vacina de Oxford-Astrazeneca começaram a ser distribuídas pelo Ministério da Saúde no domingo, 20, mas o quantitativo é destinado para completar os esquemas vacinais dos grupos prioritários. Na semana passada, a Pfizer entregou 2,4 milhões de doses da vacina contra Covid-19 ao governo federal. Para esta semana, estão previstas mais 2,4 milhões de doses. O Ministério da Saúde ainda recebeu 2,2 milhões de doses da CoronaVac na última sexta-feira, 19, além de 1,5 milhões de doses vacina da Janssen, nesta terça-feira, 22.

Confira o avanço da vacinação contra Covid-19 no Brasil:

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