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Por que as mulheres estão recorrendo mais à cirurgia íntima

No Brasil e no mundo a procura por cirurgias na vagina aumentou. Especialistas afirmam que o procedimento ajuda na superação de traumas

Por Da redação
Atualizado em 25 nov 2016, 15h42 - Publicado em 25 nov 2016, 13h42

Você já ouviu falar em cirurgia íntima feminina? Cada vez mais mulheres no Brasil e no mundo estão aderindo ao procedimento cosmético realizado na região da vagina. No Reino Unido, por exemplo, o número de mulheres submetidas a labioplastia ou ninfoplastia – redução dos pequenos lábios -, por exemplo, aumentou dez vezes entre 2003 e 2013. Segundo informações do jornal britânico The Independent, o procedimento pode ser realizado pelo Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS na sigla em inglês) ou em uma clínica particular. Neste caso, o valor médio do procedimento é de 3.500 libras. 

No Brasil, um levantamento realizado pela Dall’Ago & Manfrim Cirurgia Plástica mostrou que a procura pela cirurgia íntima feminina cresceu 250% em um ano. Segundo a clínica, as cirurgias mais procuradas por aqui são a lipoaspiração do monte púbico (redução de gordura na região púbica), ninfoplastia e o rejuvenescimento interno da vagina. O custo médio desses procedimentos varia entre 6.000 e 10.000 reais.

“Cirurgias como a ninfoplastia são indicadas para mulheres que possuem pequenos lábios redundantes ou tem formato desagradável e a lipoaspiração da região púbica pra quando há incomodo em vestir calças justas”, explica a cirurgiã Heloise Dall’Ago.

Desde o surgimento do procedimento houve um debate sobre a real necessidade da cirurgia com críticos afirmando que a cirurgia na região é uma futilidade estética. Entretanto, em entrevista ao The Independento cirurgião plástico Christopher Inglefield, da clínica London Bridge, na Inglaterra,  salientou que suas pacientes sentem um grande desconforto físico e que a operação pode colocar um fim a traumas físicos e psicológicos nessas mulheres.

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“Vemos mulheres que dizem que isso as incomoda há dois ou três anos e que elas não têm relações sexuais há dois anos porque é muito desconfortável”, disse ele, explicando que os lábios podem ser puxados durante a relação sexual. Isso afeta a qualidade de vida de um indivíduo saudável.

Segundo Heloise, as cirurgias da região íntima feminina são rápidas, pouco dolorosas e com repouso pós operatório médio de 7 dias.

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Inglefield afirma que recebe cerca de duas mulheres por semana em seu consultório, a maioria com idade entre 20 e 30 anos. Mas ressalta que em 10 anos, apenas três pacientes o procuraram por razões estéticas, como não gostar da aparência de sua vagina por exemplo.

“As mulheres têm desconforto significativo com infecções recorrentes e irritação por causa de seus lábios alargados. O caso mais extremo que eu lidei foi o de uma adolescente cujos lábios cresceram tanto que ela estava sofrendo bullying e as pessoas diziam que ela parecia um menino. Ela estava muito traumatizada e nós tivemos que obter a aprovação de um psicólogo para realizar a cirurgia.”, disse.

Em 2013, o Colégio Real de Obstetras e Ginecologistas, no Reino Unido, advertiu sobre o risco da labioplastia ser realizado em meninas com menos de 18 anos pelo NHS e ressaltou a importâncias delas serem ensinados que genitais vêm em todas as formas e tamanhos.

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