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Pesquisa desenvolve medicamento que pode substituir a cirurgia bariátrica

A droga, que vem sendo estudada em universidade britânica, imita, sem a necessidade de uma cirurgia, os efeitos que a operação tem no cérebro: o da saciedade e controle do apetite

Por Da Redação
15 jul 2013, 11h36

Uma equipe de pesquisadores britânicos acaba de finalizar os testes iniciais em torno de uma droga que pode substituir a cirurgia bariátrica para tratar obesos, segundo reportagem publicada neste domingo no jornal The Telegraph. A droga é feita a partir de um hormônio produzido naturalmente no corpo de uma pessoa e que imita o efeito que a cirurgia tem sobre o cérebro – ou seja, o de saciedade, mesmo quando se come pouco. De acordo com a reportagem, os responsáveis pelo estudo, realizado na Imperial College London, Grã-Bretanha, estão se preparando para iniciar uma pesquisa maior envolvendo esse tipo de droga. Os pesquisadores esperam, um dia, oferecer a pessoas obesas uma alternativa de tratamento mais segura, menos invasiva e que possa ser aplicada a um maior número de pacientes.

“A cirurgia bariátrica bypass funciona muito bem nos pacientes. Porém, há no mundo uma pandemia de obesidade que está provocando a morte de pessoas por doenças relacionadas. Nós não podemos acreditar que vamos realizar a cirurgia em metade da Europa, por exemplo”, disse ao The Telegraph Steve Bloom, chefe da divisão de diabetes, endocrinologia e metabolismo da Imperial College London e coordenador do estudo.

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Mecanismo – Quando um paciente obeso é submetido a um bypass gástrico (técnica de derivação gástrica), um dos procedimentos de cirurgia bariátrica mais utilizados, o seu corpo “engana” o cérebro, enviando ao órgão a mensagem de saciedade mesmo quando se ingere pouca quantidade de alimento.

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Bloom explica que, inicialmente, pensava-se que o bypass gástrico agia apenas reduzindo a quantidade de alimento suportada pelo estômago. Porém, foi observado que pacientes submetidos à cirurgia apresentavam níveis elevados de hormônios relacionados à saciedade – ou seja, substâncias produzidas pelo intestino com o objetivo de controlar a digestão e que regulam a fome. Além disso, esses pacientes também parecem diminuir a preferência por comida gordurosa. Segundo o pesquisador, isso sugere que esses hormônios também alteram o desejo das pessoas por comer determinados alimentos.

Os testes clínicos iniciais em torno da nova droga foram feitos com um grupo pequeno de obesos e com apenas um dos hormônios da saciedade. Os resultados mostraram que o tratamento ajudou os pacientes a perder peso e diminuiu o apetite deles em um período de cinco semanas.

Próximos passos – De acordo com a reportagem do The Telegraph, a nova etapa do estudo vai selecionar mais pacientes obesos. Eles deverão usar um dispositivo intravenoso na cintura que injetará regularmente pequenas doses de três hormônios da saciedade no organismo do indivíduo. Segundo Bloom, esses hormônios têm duração curta no corpo, e, por isso, eles precisam ser injetados continuamente. No entanto, os pesquisadores estão desenvolvendo versões mais duradouras dos hormônios com o objetivo de fazer com que as injeções que controlam o apetite passem a ser necessárias apenas uma vez por semana.

“As pessoas respondem de formas diferentes à cirurgia bariátrica, e nós não podemos ajustar o procedimento como podemos fazer com um medicamento. Com um remédio, seremos capazes de alterar as doses facilmente, o que nos dará muito mais controle sobre a quantidade de peso que um paciente vai perder”, diz Bloom.

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