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Perto da marca de 10 mil mortes por Covid-19, Brasil se aproxima dos EUA

Após a confirmação do primeiro caso, país levou 74 dias para atingir o número, enquanto os americanos alcançaram a marca em um dia a menos

Por Da Redação
Atualizado em 9 Maio 2020, 14h18 - Publicado em 9 Maio 2020, 12h42

Após chegar a 145.328 casos oficiais e 9.897 óbitos pelo novo coronavírus, o Brasil deverá superar neste sábado, 9, a barreira de 10 mil mortes. A marca deverá ser batida 74 dias após a confirmação do primeiro caso. Os Estados Unidos, cujo primeiro caso foi confirmado mais de um mês antes, em 22 de janeiro, demoraram um dia a menos para atingir a mesma taxa. Até agora, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, a Itália superou a marca das 10 mil mortes em menor tempo: 58 dias. Em seguida, veio a Espanha (62 dias), Reino Unido (71 dias) e França (75 dias).

Um estudo publicado recentemente pela Universidade Imperial College London, na Inglaterra, estima que o Brasil tem a maior taxa de transmissão (chamada de R0) do novo coronavírus no mundo. De acordo com a pesquisa, a taxa de transmissão do país (chamada de R) é de 2,81. Isso significa que no Brasil, cada infectado transmite o vírus para cerca de outras três pessoas. Quanto mais alto esse valor, maior a velocidade de transmissão da doença e maior o risco de sobrecarga no sistema de saúde. De acordo com especialistas, medidas de relaxamento de quarentena devem ser adotadas apenas por países com R (taxa de transmissão) menor do que 1. Fazem parte dessa lista Alemanha, cuja taxa é de 0,8, e Grécia, que tem a menor taxa entre os países analisados, com 0,41. Ou seja, o Brasil está longe disso no momento.

Enquanto caminha rapidamente rumo à marca dos 10.000 mortos por Covid-19, o Brasil vive uma quarentena em descompasso, como mostra a reportagem de capa de VEJA desta semana. A discórdia sobre o isolamento social, que opõe o presidente a boa parte dos governadores, fez do país um campeão mundial de bagunça no enfrentamento da doença e o colocou em uma encruzilhada na qual nem as atividades econômicas funcionam, nem o avanço do novo coronavírus é combatido corretamente. Depois de um começo promissor em março, a média de respeito à quarentena em território nacional vem caindo ao longo das semanas e, na terça passada, 5, o índice de adesão bateu em 42,4%, segundo dados da Inloco, plataforma de geolocalização que coleta informações de uma base de 60 milhões de celulares. O patamar recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para achatar a curva da Covid-19 é de 70%.

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Outra reportagem de VEJA desta semana, mostra um dos dramas causados pela pandemia: a depressão decorrente do medo de infectar e do isolamento social.  Um recente levantamento realizado pela Associação Americana de Psiquiatria mostrou que 36% dos cidadãos nos Estados Unidos sofreram impactos, na forma de prostração severa e depressão — quadro só comparável ao dos dias e semanas posteriores aos ataques do 11 de Setembro.

No Brasil, o desconforto pode ser aferido pelo aumento das consultas virtuais com psicólogos e psicanalistas. O recurso eletrônico, deflagrado em 2018, ganhou tração com atendimentos feitos por Whats­App, Skype, FaceTime, Zoom etc. Desde o início de março a quantidade de profissionais cadastrados pelos conselhos da categoria e autorizados a atender a distância dobrou — já são quase 90 000. Na plataforma Psicologia Viva, de orientação virtual, com cerca de 4 000 profissionais registrados, o número de atendimentos quadruplicou durante a pandemia. Nos meses de março e abril, o termo “psicólogo on-line” bateu recorde de consultas no Google.

 

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