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Pazuello continua no cargo, mas confirma que Bolsonaro avalia novos nomes

Ministro da Saúde confirma a compra de 138 milhões de vacinas contra Covid-19 das empresas Pfizer e Janssen

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 mar 2021, 18h53 - Publicado em 15 mar 2021, 18h09

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta segunda-feira, 15, que continua à frente da pasta, mas admitiu que o presidente Jair Bolsonaro “está pensando em substituição”.  “O presidente está nessa tratativa de reorganizar o Ministério. Enquanto isso não for definido, a vida segue normal”, afirmou o ministro em coletiva de imprensa realizada para apresentar o balanço de ações de enfrentamento à pandemia.

Segundo Pazuello, o cargo é do presidente da república e existia a possibilidade de troca desde o dia em ele assumiu o cargo.”Podia ficar a curto, médio ou longo prazo. Estou a médio. O presidente está, sim, pensando em substituição, está avaliando nomes. Conversei com ele e Ludhmila [em referência à Ludhmila Hajjar, cotada para substituí-lo] e, claro, estou à disposição para ajudar todos que vierem aqui. É continuidade, não há rompimento”, disse o ministro.

Por outro lado, Pazuello negou que tenha pedido para deixar o cargo.”Não vou pedir para ir embora, não é da minha característica”.

LEIA TAMBÉM: O que sabemos sobre a Covaxin, a vacina indiana comprada pelo Brasil

Compra de vacinas da Pfizer e da Janssen

Pazuello confirmou também a oficialização da compra de 100 milhões de doses da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Pfizer, em parceria com a BioNTech, e de 38 milhões de doses do imunizante da Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson. Ele ainda divulgou o cronograma preliminar de entrega das vacinas já contratadas pela pasta até o final do ano. No total, mais de 560 milhões de doses estão asseguradas, de sete fabricantes: Fiocruz (vacina de Oxford-AstraZeneca), Instituto Butantan (CoronaVac, da chinesa Sinovac), Covax Facility, União Química (vacina russa Sputnik), Precisa Medicamentos (vacina indiana Covaxin), Pfizer e Janssen.

Destas, apenas a vacina da Janssen é aplicada em apenas uma dose. As demais, necessitam de duas aplicações para finalizar o esquema de imunização. “Senhores, é óbvio que tem mais vacina do que brasileiro. Mas essas vacinas se mantém na validade para 2022 e nós temos que ter estoque porque não podemos contar com 100% das entregas. Há oscilações”, disse Pazuello.

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O contrato assinado com a Pfizer prevê a entrega das 100 milhões de doses entre abril e setembro, da seguinte maneira: um lote inicial de 1 milhão de doses até 30 de abril, 2,5 milhões de doses até 31 de maio, 10 milhões de doses até 30 de junho, outras 10 milhões em julho, 30 milhões em agosto e um lote final de 46.5 milhões até 31 de setembro. Já a previsão de entrega da vacina da Janssen é a seguinte: 16,9 milhões de doses entre julho e setembro e 21,1 milhões entre outubro e dezembro.

Os outros dois contratos assinados recentemente, com a Precisa medicamentos, para a aquisição de 20 milhões de doses da Covaxin, e com a União Química, para a compra de 10 milhões de doses da Sputnik têm entrega prevista entre março e junho. Entretanto, segundo Pazuello, a entrega e pagamento dessas vacinas irá depender da aprovação da Anvisa dos dois imunizantes, que ainda está pendente. Até o momento, apenas as vacinas do Instituto Butantan, Fiocruz e Pfizer estão autorizadas no país. As duas últimas já tem registro definitivo.

Até o mês de fevereiro, o Ministério da Saúde distribuiu 16.953.000 vacinas, sendo 4 milhões da AstraZeneca-Oxford, importadas prontas para aplicação do Instituto Serum, na Índia, pela Fiocruz, e as demais, do Instituto Butantan. Até o final de março, o total de vacinas entregues pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) deverá chegar a 47 milhões, suficientes para imunizar 29 milhões de pessoas. Pazuello ressaltou que o cronograma pode sofrer alterações devido a atrasos de entrega pelos fornecedores ou problemas de autorização.

Ainda está em negociação a compra de 13 milhões de doses da vacina produzida pela empresa americana Moderna, com entrega prevista para o segundo semestre. “É uma vacina que apresentou um custo bem mais caro, são poucas doses e nós estamos negociando para ajustar o preço. Nosso objetivo é, chegar a um preço que nós possamos pagar, comprar também essas 13 milhões de doses”, afirmou Pazuello.

Cronograma

Janeiro: 10.700.000 (2 milhões de Oxford-AstraZeneca + 8,7 milhões do Instituto Butantan)
Fevereiro: 6.253.000 (2 milhões de Oxford-AstraZeneca + 4.253.000 do Instituto Butantan)
Março: 38.097.600 (3,8 milhões da Fiocruz + 23,3 milhões do Butantan + 2.997.600 do Covax + 8 milhões da Covaxin)
Abril: 57.179.258 ( 32 milhões da Fiocruz + 15.779.258 do Butantan +  8 milhões da Covaxin + 400.000 da Sputnik + 1 milhão da Pfizer)
Maio: 47.657.058 (27 milhões da Fiocruz + 6.032.258 do Butantan + 6.124.800 do Covax + 4 milhões da Covaxin + 2 milhões da Sputnik + 2,5 milhões da Pfizer)
Junho: 50.632.258 (27 milhões da Fiocruz + 6.032.258 do Butantan + 7,6 milhões da Sputnik + 10 milhões da Pfizer)
Julho: 42.148.387 (18,6 milhões da Fiocruz + 13.548.387 do Butantan + 10 milhões da Pfizer)
Agosto: 65.548.387 (22 milhões da Fiocruz + 13.548.387 do Butantan + 30 milhões da Pfizer)
Setembro: 94.206.452 (22 milhões da Fiocruz + 8.806.452 do Butantan + 46,5 milhões da Pfizer + 16,9 milhões da Janssen)
Outubro:  32.000.000 (22 milhões da Fiocruz + 10 milhões do Butantan)
Novembro: 32.000.000 (22 milhões da Fiocruz + 10 milhões do Butantan)
Dezembro:  86.489.400 (22 milhões da Fiocruz + 10 milhões do Butantan + 33.389.400 do Covax + 21,1 milhões da Janssen)

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Confira os números da vacinação nos estados e no país atualizados até as 18h desta segunda-feira, 15:

 

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