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Paracetamol: novas regras para médicos em casos de intoxicação do paciente

As novas recomendações sugere, por exemplo, mudanças no uso da medicação usada para tratar esse tipo de caso

Por Redação
Atualizado em 4 dez 2019, 18h15 - Publicado em 4 dez 2019, 18h08

Nesta segunda-feira, 2, o Medical Journal of Australia publicou uma nova recomendação para o tratamento de intoxicação por paracetamol – medicação comumente utilizada para redução de febre e aliviar dores. As diretrizes são uma atualização de orientações publicadas em 2015 sobre o atendimento aos pacientes que procuram o hospital com quadro de intoxicação acidental ou voluntária por paracetamol.

Os médicos que lançaram as novas orientações apontam para a necessidade de algumas mudanças no uso da acetilcisteína – substância indicada para tratar esses tipos de casos. Elas servem para casos de consumo massivo de paracetamol ou ingestão de paracetamol cuja liberação tenha sido modificada.

Vale ressaltar que as novas recomendações devem ser aplicadas apenas por profissionais de saúde, preferencialmente em um hospital ou centro médico.

Novas diretrizes

Primeira recomendação: Para casos em que há necessidade de regime de infusão de acetilcisteína, ele deve ser feito em duas bolsas: a primeira contendo 200 miligramas por quilo (200 mg/kg) ao longo de quatro horas; já a segunda deve conter 100 miligramas por quilo (100 mg/kg) durante 16 horas. Para os especialistas, essa nova indicação é eficaz e ainda ajuda a reduzir significativamente efeitos colaterais se comparado ao regime de infusão baseado em três bolsas do medicamento. 

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Segunda recomendação: Overdoses massivas de paracetamol que resultam em altas concentrações da substância em valores duas vezes maiores do que a linha de nomogramas devem ser gerenciadas com um aumento da dose de acetilcisteína.

Terceira recomendação: Todas as ingestões de paracetamol de liberação modificada potencialmente tóxicas (maior que 10 gramas ou maior que 200 miligramas por quilo) devem receber um curso completo de acetilcisteína. Pacientes que ingerem mais que 30 gramas ou mais que 500 miligramas por quilo devem receber doses aumentadas de acetilcisteína.

Os médicos ainda ressaltam que as novas diretrizes podem ser aplicadas durante atendimento em estabelecimentos médicos em áreas rurais desde que a acetilcisteína esteja disponível e o paciente não apresente alto risco de desenvolver lesão hepática aguda. Além disso, deve-se considerar a necessidade – e a possibilidade – de transferir o paciente para uma unidade médica maior tão logo o atendimento primário tenha sido realizado. 

Intoxicação por paracetamol

A intoxicação por paracetamol acontece quando a pessoa ingere altas quantidades de medicamento contendo essa substância. Em alguns casos, pode não haver qualquer sintomas ou manifestações leves como vômito (algumas horas após a ingestão) e dor abdominal (até 72 horas). Já em situações mais intensas, a pessoa pode sofre insuficiência hepática (perda de função no fígado), apresentando quadro de icterícia (olhos e peles amarelados), além de insuficiência renal e pancreatite. Também há risco de morte para casos mais graves.

Por causa disso, ao sentir os primeiros sintomas após ingerir paracetamol, procure imediatamente o hospital mais próximos.

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