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Para Agência Nacional de Saúde Suplementar, planos de saúde melhoraram. Queixas, no entanto, cresceram

Entre 2010 e 2011, subiu de 32% para 62% a proporção de operadoras de saúde com avaliação positiva. Para a ANS, aumento nos canais para reclamação são a explicação para a elevação nas queixas de usuários

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
13 dez 2012, 14h18

As operadoras de planos de saúde melhoraram seu desempenho na avaliação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), divulgada nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro. A análise, no entanto, também indicou que os clientes estão menos satisfeitos. O trabalho apontou aumento da quantidade de operadoras de planos de saúde e odontológicos bem avaliados pela agência. Ou seja, aquelas que conquistaram pontuação entre 0.60 e 1, em uma escala de 0 a 1. Em 2010, as operadoras de planos de saúde com avaliação positiva representavam 32% do total das entidades. Em 2011 – último dado disponível – 62% (566) delas foram bem avaliadas. No setor odontológico, houve um aumento de 56% para 76% nas avaliações positivas nesse período.

Para chegar aos dados, que pela primeira vez estão disponíveis para consulta no site da ANS (www.ans.gov.br), a agência avaliou as 913 operadoras médico-hospitalares e 326 odontológicas em funcionamento no país. A análise considerou quatro quesitos: metas de atenção à saúde, como percentual de consultas e mamografias; estrutura da operadora; situação econômica e financeira da empresa; e a satisfação dos beneficiários.

O último item, que mede a percepção dos que usam os planos de saúde, teve avaliação pior do que em 2010. Em um ano, a queda foi de três pontos percentuais. O quesito reúne as multas recebidas pela operadora devido a problemas na prestação do serviço, a permanência de conveniados no plano – trocas constantes indicariam insatisfação – e a reclamação dos usuários registrada na agência. A avaliação não computa, por exemplo, o número de ações judiciais contra as operadoras.

Segundo Carla Godoy, gerente de qualidade e do conhecimento da ANS, não se pode afirmar, no entanto, que os planos pioraram na percepção dos usuários. “Os canais de acesso de reclamação aumentaram. Ou seja, o consumidor encontra mais facilidade para fazer sua crítica”, ameniza ela.

Diretor da ANS, o cardiologista André Longo afirmou que o objetivo da ANS é permitir que o consumidor tenha um parâmetro de qualidade que o auxilie na escolha de sua operadora de saúde.

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“No site da agência, o consumidor poderá consultar as notas de 33 indicadores de qualidade de todas as operadoras. Esperamos que esses dados possam facilitar a vida do consumidor para que ele possa fazer suas escolhas mais conscientemente e de forma esclarecida, buscando os melhores produtos dentro dos planos de saúde. E isso auxiliar na melhora do setor”, afirmou Longo, acrescentando que os consumidores estão buscando operadoras mais qualificadas.

No ano passado, a agência cancelou o registro de 150 operadoras sem condições de funcionamento e de outras 13 a pedido das próprias empresas. Segundo a coordenadora de Qualidade e Conhecimento da ANS, Andrea Carlesso Lozer, as operadoras mal avaliadas no levantamento foram notificadas e têm prazo de 15 dias para recorrer. “A operadora mal avaliada tem acompanhamento mais rigoroso da ANS. Pode ter a venda de planos suspensa e até mesmo ser cancelada”.

A ANS não divulgou o ranking, mas é possível verificar, individualmente, a notas de cada prestadora.

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