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‘Pâncreas artificial’ deve estar disponível em dois anos

Equipamento monitora glicemia e injeta insulina automaticamente em pacientes com diabetes tipo 1

Por Da redação
Atualizado em 1 jul 2016, 17h21 - Publicado em 1 jul 2016, 17h19

Um dispositivo que funciona como um “pâncreas artificial” deve estar disponível no mercado farmacêutico em até dois anos. É o que informa um artigo publicado recentemente na revista científica Diabetology. O equipamento, que é preso à roupa do usuário, automaticamente monitora os níveis de glicose no sangue e injeta insulina, por meio de emplastros na pele, para ajustar os níveis da substância no organismo de pacientes com diabetes tipo 1.

Os dispositivos disponíveis atualmente permitem que bombas de insulina façam injeções nos pacientes após a leitura dos monitores glicêmicos, mas os dois componentes não são conectados. É justamente a união destes dispositivos que forma o “pâncreas artificial”, que já existe e está em fase de estudo clínico.

“Em testes realizados até o momento, os pacientes fizeram avaliação positiva sobre como o uso do ‘pâncreas artificial’ permite um descanso do controle do diabetes, já que o sistema gerencia os níveis de açúcares no sangue de forma efetiva, sem a necessidade de monitoramento constante”, afirmam os autores do estudo Roman Hovorka e Hood Thabit, da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha.

De acordo com os autores, faltam alguns ajustes para que o “pâncreas artificial” seja liberado comercialmente, entre eles a velocidade de ação da insulina, confiabilidade, conveniência, precisão e segurança cibernética do aparelho.

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A maior dificuldade, segundo eles, é a variação da necessidade de insulina dos pacientes, que depende de diversos fatores, como dieta e níveis de atividade física. Outro problema é a velocidade de ação da insulina, que demora entre 30 minutos e 2 horas após a injeção para alcançar seu pico e cujo efeito tem duração de 3 a 5 horas — o que torna difícil o monitoramento preciso das necessidades imediatas do medicamento.

“Testes clínicos prolongados, de até 24 meses, e estudos piloto estão em andamento ou em preparação para adultos e crianças. Além disso, como esses aparelhos podem ser vulneráveis a ameaças cibernéticas como interferências com protocolos wireless e acesso não autorizado aos dados, a implementação de um protocolo de comunicação seguro também é essencial”, dizem os pesquisadores.

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Já existe um equipamento em análise pela agência americana responsável pela liberação de medicamentos e alimentos (FDA, na sigla em inglês), com aprovação prevista para o início do ano que vem. Um estudo recente do Instituto Nacional de Pesquisas em Saúde do Reino Unido informou que sistemas automáticos devem aparecer no mercado europeu até o fim de 2018.

Outras opções para o tratamento do diabetes tipo 1 são o transplante de pâncreas e células-beta, responsáveis pela produção de insulina. Entretanto, o primeiro procedimento envolve cirurgia e ambos necessitam do uso de drogas imunossupressoras para evitar a rejeição. Dessa forma, o “pâncreas artificial” é uma solução com menos riscos.

 

Diabetes — O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, causada pelo próprio organismo, que destrói as células que produzem insulina. A vasta maioria da população possui diabetes tipo 2, causada pela dificuldade do organismo de absorver a insulina produzida. Ela é mais frequente em pessoas acima do peso e após os 30 anos, embora seu diagnóstico tenha aumentado entre jovens. Predisposição genética, hábitos alimentares, sobrepeso e stress podem ser gatilhos para os dois tipos de diabetes.

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