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Pais estressados elevam risco de bebês prematuros desenvolverem problemas mentais

Pesquisa, no entanto, não conseguiu explicar o mecanismo pelo qual essa associação acontece

Por Da Redação
16 mar 2012, 13h11

Um estudo publicado na edição desta semana do periódico Pediatrics sugeriu que o stress em pais de recém-nascidos eleva o risco de esses bebês desenvolverem problemas mentais a partir do terceiro ano de vida. O estudo, que foi feito no Hospital da Universidade de Tuku, na Finlândia, não identificou, porém, de que maneira o problema pode afetar a criança.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Parental Psychological Well-Being and Behavioral Outcome of Very Low Birth Weight Infants at 3 Years

Onde foi divulgada: periódico Pediatrics

Quem fez: Mira Huhtala, Riikka Korja, Liisa Lehtonen, MD, Leena Haataja, Helena Lapinleimu e Päivi Rautava

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Instituição: Hospital da Universidade de Tuku, Finlândia

Dados de amostragem: 140 pais de bebês prematuros

Resultado: Problemas psicológicos em pais de bebês prematuros, como stress e depressão, aumenta o risco de a criança apresentar problemas comportamentais a partir dos três anos de idade

Segundo a pesquisa, bebês que nascem prematuramente já têm, por diversas razões, um risco maior de sofrer com problemas comportamentais, emocionais e neurológicos. Segundo Mira Huhtala, coordenadora do estudo, o bem-estar psicológico tanto do pai quanto da mãe é um desses fatores significativos no desenvolvimento comportamental e emocional de crianças prematuras.

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Na pesquisa, a equipe avaliou características de comportamento como stress e depressão de 140 pais de bebês que haviam nascido antes da 37ª semana de gestação. Os dados dos participantes foram coletados logo após o nascimento dos filhos, e o comportamento das crianças foi avaliado quando elas completaram três anos de idade.

Os pesquisadores observaram que quanto mais sintomas psicológicos relacionados a problemas de bem-estar os pais apresentavam, maiores eram os riscos de seus filhos apresentarem mais de um problema de comportamento ou emocional. Embora o estudo tenha identificado essa associação tanto em pais quanto em mães, os comportamentos agressivos e dificuldade de concentração em crianças foram mais relacionados a stress e ansiedade maternos.

Explicação – Apesar de a pesquisa não ter descoberto o mecanismo pelo qual o stress dos pais afeta o comportamento dos filhos, os especialistas levaram alguns fatores em consideração. Um deles é o fato de que, segundo o estudo, o volume do cérebro dos bebês prematuros é, em média, menor, e não está tão desenvolvido como deveria ser. Além disso, ainda de acordo com a pesquisa, o stress é normal após um parto prematuro, sendo então comum que bebês que nasceram antes do tempo ideal tenham pais com determinados problemas comportamentais. O stress que acompanha uma situação como essa pode alterar a forma como os pais criam seus filhos, interferindo diretamente no desenvolvimento da criança.

Para os autores do estudo, é importante que pais de bebês prematuros busquem apoio psicológico para conseguirem lidar com os sentimentos que podem acompanhar esses casos, como stress ou sentimento de culpa. Segundo eles, essa pesquisa é mais uma evidência de que o bem-estar dos pais é fundamental no desenvolvimento psicológico dos filhos.

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