Por Paula Bianchi
São Paulo – Pouco tempo depois do terremoto que destruiu o Haiti em 2010 uma epidemia de cólera tomou o país e a vizinha República Dominicana. Até então inexistente na Ilha de Espanhola, a doença fez da população sem imunidade um alvo fácil. A fim de acabar com essa situação a Organização Pan Americana da Saúde (Opas) fez um chamado em janeiro, reforçado na terça-feira, para uma ação geral das organizações de saúde mundiais na região.
“O Haiti já tinha um déficit muito grande na questão de água e saneamento, agravado com o terremoto. Em dez meses todo o país foi infectado pela cólera que chegou também à República Dominicana. Com o período de chuvas chegando é preciso agir. A Ilha não viu cólera em 100 anos, a população não tem imunidade”, explicou o gerente Desenvolvimento Sustentável e Saúde Ambiental da Opas, Luiz Cassanha Galvão.
Por enquanto, a coalizão contra a cólera na ilha conta com a Opas, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e a Unicef. Segundo Galvão, as organizações irão se reunir no dia 29 de junho em Washington para acertar mais parcerias. Entre as possíveis adesões está a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que ajudou o país logo após o terremoto.
“Estamos estudando a possibilidade de cooperar com a iniciativa com a iniciativa com material e conhecimento científico”, afirmou o presidente da Funasa, Gilson Queiroz.
Paula Bianchi