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ONU quer acabar com mortalidade infantil por diarreia e pneumonia até 2035

Essas doenças são as principais causas de morte entre crianças com menos de cinco anos de idade. Em 2011, dois milhões de crianças morreram no mundo em consequência de alguma dessas condições

Por Da Redação
12 abr 2013, 10h23

A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou nesta sexta-feira um plano cuja meta é reduzir significativamente, até 2025, as mortes por diarreia e pneumonia entre crianças com menos de cinco anos da idade no mundo – e eliminar esses óbitos completamente até 2035. Atualmente, essas doenças, embora sejam condições evitáveis e para as quais há cura, são as principais causas de mortalidade infantil no mundo. Juntas, elas são responsáveis por mais do que uma em cada quatro mortes (28,5%) na infância – em 2011, dois milhões de crianças com menos de cinco anos de idade morreram em consequência de alguma dessas doenças.

As Nações Unidas acreditam que é possível erradicar a mortalidade infantil por diarreia e pneumonia com uma mobilização internacional e com maiores investimentos em medidas de prevenção e tratamento dessas doenças. Isso inclui, por exemplo, vacinações, suplementos de zinco (a deficiência em zinco é um dos fatores de risco para essas doenças) e incentivo à amamentação (o aleitamento materno insuficiente também pode contribuir com o surgimento das condições). Os investimentos necessários somariam cerca de seis bilhões de dólares. “Acreditamos as metas estabelecidas dentro do plano são viáveis e realmente atingíveis durante a próxima década”, disse Elizabeth Mason, diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Hoje, as mortes por diarreia ou pneumonia provocam a morte de 20 em 1.000 crianças nascidas vivas no mundo. O objetivo das Nações Unidas é diminuir essa prevalência para quatro em cada 1.000 crianças até 2025 – e eliminar totalmente essa mortalidade até 2035.

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Doenças infantis no mundo – No mesmo dia em que o plano da ONU foi anunciado, uma série de estudos sobre o tema foram publicados pela revista britânica The Lancet. Uma dessas pesquisas, feita por especialistas das universidades Johns Hopkins, nos Estados Unidos, e de Edimburgo, na Grã-Bretanha, e da Fundação de Saúde Pública da Índia, forneceu novas estimativas globais de casos de diarreia e pneumonia entre crianças.

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De acordo com o levantamento, a pneumonia provocou 1,3 milhão de mortes entre crianças com menos de cinco anos de idade em 2011, enquanto a diarreia infecciosa foi responsável por 700.000 óbitos entre pessoas dessa faixa-etária no mesmo ano. A maioria das mortes por essas doenças (81% dos óbitos por pneumonia e 71% por diarreia) ocorreram entre crianças de até dois anos. Segundo os autores do estudo, esse dado reforça a importância da prevenção dessas duas condições especialmente durante os dois primeiros anos da vida de uma criança.

A pesquisa também mostrou que casos mais graves de pneumonia e diarreia são mais prevalentes em países da Ásia e da África. Em 2011, apenas 15 países concentraram 75% de todos os casos dessas duas doenças que ocorreram no mundo. São eles Afeganistão, Angola, Burkina Faso, República Democrática do Congo, Etiópia, Índia, Indonésia, Quênia, Mali, Níger, Nigéria, Paquistão, Tanzânia e Uganda. Embora a incidência de pneumonia e diarreia esteja diminuindo em algumas dessas regiões, muitos países ainda apresentam um aumento do número de casos.

“A pneumonia e a diarreia estão ligadas à pobreza. Sabemos que crianças de países mais pobres correm um maior risco de morrer por essas doenças, embora elas sejam as menos prováveis de serem vacinadas adequadamente. A imunização é uma das melhores estratégias para beneficiar essas crianças”, disse Marilena Viviani, diretora do Fundo da Criança da ONU (Unicef, sigla em inglês).

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