OMS: Tuberculose retrocede, mas continua sendo problema de saúde global
A condição é a segunda doença infecciosa que provoca mais mortes no mundo, ficando atrás somente da aids
O número de casos de tuberculose no mundo diminuiu pelo terceiro ano consecutivo, caindo de 8,7 milhões em 2011 para 8,6 milhões em 2012. Mesmo assim, a doença representa um grave problema de saúde pública, concluiu a Organização Mundial da Saúde (OMS) no novo relatório anual sobre a condição, divulgado nesta quarta-feira.
A tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, que normalmente afeta os pulmões e pode atingir cérebro e rins. Segundo a OMS, trata-se da segunda doença infecciosa que mais provoca mortes no planeta, ficando atrás somente da aids. Em 2012, 1,3 milhões de pessoas morreram em decorrência da tuberculose – no ano anterior, foram 1,4 milhões de óbitos. Esse número vem diminuindo desde 2003, quando foram registradas 1,8 milhões de mortes pela doença.
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Os novos casos de tuberculose diminuíram 45% desde 1990. Além disso, de 1995, quando foi lançado um programa mundial de combate à doença, até 2012, 56 milhões de pessoas puderam ter acesso ao tratamento. Desde então, a OMS estima que foram evitadas 22 milhões de mortes no mundo.
Ainda assim, a organização considera que os progressos não foram suficientemente rápidos para diminuir o impacto da enfermidade na saúde pública global. Um dos problemas da condição é o aumento dos casos de tuberculose multirresistente, que não responde à ação das principais drogas usadas para tratar a infecção. Segundo a OMS, esse tipo da infecção causou 170.000 mortes no planeta.
A prevalência da moléstia é maior em determinadas regiões. Três quartos de todos os casos de tuberculose no mundo estão concentrados em doze países: Índia, África do Sul, Bangladesh, Paquistão, Indonésia, China, República Democrática do Congo, Moçambique, Nigéria, Etiópia, Filipinas e Mianmar.
Atualmente não existe uma vacina contra a tuberculose, mas a OMS acredita que ela poderá ser oferecida até 2025.
(Com AFP)