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O que é o Langya henipavirus, novo vírus encontrado na China

Cientistas revelaram novo patógeno que provocou infecções registradas entre 2018 e 2021 e é de gênero de vírus altamente letais

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 ago 2022, 15h57

Um novo vírus, chamado Langya henipavirus (LayV), do grupo Henipavirus, conhecido por já ter provocado infecções letais em seres humanos, está preocupando cientistas chineses. Revelado na última quinta-feira 4, na revista científica The New England Journal of Medicine, o vírus já afetou ao menos 35 pessoas na China entre 2018 e 2021. Destes, 26 casos foram descritos como pacientes com febre (100%), fadiga (54%), tosse (50%), dor de cabeça (35%), vômito (35%). Em alguns, foram registrados ainda problemas de fígado (35%) e rins (8%). Mesmo em um grupo de vírus letais, não há informações sobre óbitos.

Segundo os pesquisadores, o LayV provavelmente tem origem animal, com indícios de que venham de musaranhos, algo que ainda precisa de mais estudos. Os cientistas também disseram que o vírus não é transmitido pelo contato e que não representa perigo de uma nova pandemia.

A descoberta, porém, causa alerta na comunidade científica por ser classificado como um vírus do gênero Henipavírus, grupo que compreende outros patógenos que já provocaram infecções graves na Ásia e Oceania, principalmente os chamados Hendra henipavirus (HeV) e Nipah henipavirus (NiV), que causam problemas neurológicos e respiratórios.

Segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, a infecção causada pelo Hendra henipavirus (HeV) é rara, mas possui alta taxa de mortalidade que chegou a 57%, enquanto o Nipah henipavirus (NiV) causou de 40% a 70% de óbitos aos infectados entre 1998 e 2018.

De acordo com o New England Journal of Medicine, todos os pacientes infectados com o Langya henipavirus eram residentes das províncias de Shandong e Henan. A maioria eram agricultores que não tiveram contato próximo entre si e tampouco passagem pelos mesmos lugares. Os pesquisadores rastrearam os contatos de nove pacientes e seus parentes e não encontraram evidências de que a doença seja transmitida de pessoa para pessoa. Não há registro de infectados no Brasil.

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