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O que dois minutos de caminhada depois de comer podem fazer por você

Estudo mostra que é preciso muito menos exercício do que se pensava anteriormente para reduzir o açúcar no sangue

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 ago 2022, 16h32

Caminhar depois de uma refeição, diz a sabedoria popular, ajuda na digestão e a limpar a mente. Médicos também concordam que fazer uma caminhada de 15 minutos após uma refeição pode reduzir os níveis de açúcar no sangue, e assim ajudar a evitar complicações como a diabetes tipo 2.  Ou seja, bastam alguns minutos de caminhada para ativar esses benefícios.

E é exatamente o que diz uma nova pesquisa publicada recentemente na revista Sports Medicine, que analisando os resultados de sete estudos, descobriu que ficar em pé ou caminhar tem efeitos benéficos para a saúde do coração e para os níveis de insulina e açúcar no sangue.

No levantamento, os pesquisadores descobriram ainda que a caminhada leve após uma refeição, de apenas dois a cinco minutos, tem um impacto significativo na moderação dos níveis de açúcar no sangue. “Cada pequena coisa terá benefícios, mesmo que seja um pequeno passo”, disse Kershaw Patel, cardiologista do Hospital Metodista de Houston, nos Estados Unidos.

Em cinco dos estudos que o artigo avaliou, nenhum dos participantes tinha pré-diabetes ou diabetes tipo 2. Nos outros dois, foram analisadas pessoas com e sem essas doenças. Os participantes foram solicitados a ficar em pé ou caminhar por dois a cinco minutos, a cada 20 a 30 minutos, ao longo de um dia inteiro.

Todos os sete estudos, porém, mostraram que apenas alguns minutos de caminhada de intensidade leve após uma refeição foram suficientes para melhorar significativamente os níveis de açúcar no sangue em comparação a sentar no sofá. Quando os participantes fizeram uma curta caminhada, seus níveis de açúcar no sangue subiram e caíram gradualmente. Para pessoas com diabetes, evitar flutuações acentuadas nos níveis de açúcar no sangue é uma forma importante de gerenciar a doença. Também se acredita que picos e quedas acentuados nos níveis de açúcar no sangue podem contribuir para o desenvolvimento de diabetes tipo 2.

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Na pesquisa, ficar em pé também ajudou a baixar os níveis de açúcar no sangue, embora não tanto quanto a caminhada leve. “Teve um pequeno benefício”, disse Aidan Buffey, estudante de pós-graduação da Universidade de Limerick, na Irlanda, e autor do artigo. “Mas caminhar com leve intensidade foi uma intervenção superior”, afirmou.

Isso porque a caminhada leve requer um envolvimento mais ativo dos músculos e usa o combustível dos alimentos em um momento em que há muito circulando na corrente sanguínea. “Eles vão absorver um pouco desse excesso de glicose”, explicou Jessie Inchauspé, autora do livro “Glucose Revolution: The Life-Changing Power of Balance Your Blood Sugar”. “Você comeu a mesma refeição, mas o impacto em seu corpo será menor”, ​​acrescentou.

Embora a caminhada leve seja boa para a saúde, uma caminhada curta de 60 a 90 minutos após uma refeição pode ser especialmente útil para minimizar os picos de açúcar no sangue, pois é quando os níveis tendem a atingir o ápice. “Movimentar-se um pouco vale a pena e pode levar a mudanças mensuráveis, como esses estudos mostraram, em seus marcadores de saúde”, declarou Euan Ashley, cardiologista da Universidade de Stanford.

Buffey, cuja pesquisa se concentra em intervenções de atividade física em ambientes de trabalho, observou ainda que uma mini-caminhada de dois a três minutos é mais prática durante a jornada de trabalho. As pessoas “não vão se levantar e correr em uma esteira ou correr pelo escritório, mas podem tomar um café ou até mesmo dar um passeio pelo corredor”. Para as pessoas que trabalham em casa, ele sugeriu uma curta caminhada pelo quarteirão entre as reuniões do Zoom ou depois do almoço. “Quanto mais normalizarmos as mini-caminhadas durante o dia de trabalho, mais viáveis ​​elas serão”, finalizou.

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