Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Nutriente presente no ovo e na carne pode proteger feto contra stress da mãe

A colina, nutriente que faz parte do complexo B de vitaminas, ajuda a evitar que o stress materno prejudique a saúde do feto e evita doenças na idade adulta

Por Da Redação
21 set 2012, 20h18

A suplementação com colina, um nutriente que faz parte do complexo B de vitaminas e é encontrado em carnes e ovos, pode vir a fazer parte das recomendações da dieta da gestante. É o que sugere um novo estudo conduzido pela Universidade de Rochester, nos Estados Unidos. Segundo o levantamento, a colina ajuda a reduzir a vulnerabilidade para doenças causadas pelo stress na vida adulta.

Saiba mais

MARCADORES EPIGENÉTICOS

Os marcadores epigenéticos são modificações no DNA que sinalizam ao genes se eles devem se expressar ou não. Esses marcadores não chegam a alterar nossa genética, mas deixam uma marca permanente ao ditar o destino do gene: se um gene não se expressa, é como se ele não existisse.

Continua após a publicidade

Quando consumida em grandes quantidades na gravidez, a colina pode reduzir problemas como distúrbio de saúde mental e condições crônicas, como hipertensão, anos mais tarde. Em pesquisas anteriores publicadas no FASEB Journal, periódico da Federação Americana das Sociedades de Biologia Experimental, pesquisadores da Universidade de Cornell e da Universidade de Rochester já haviam relatado que uma dieta com quantidades de colina mais altas do que o normal, durante a gravidez, havia alterado os marcadores epigenéticos do feto.

Na pesquisa, descobriu-se que os marcadores que eram afetados eram aqueles que regulam o eixo hipotálamo-pituitário-adrenal (HPA), responsável por controlar virtualmente todas as atividades hormonais do corpo. Esse eixo controla até mesmo a produção do hormônio cortisol, que reflete nossa resposta ao stress e regula o metabolismo – quanto maiores os níveis de cortisol no sangue, mais estressada a pessoa está.

Suplementação – Mais colina na dieta materna leva a um eixo HPA mais estável na gestante e, consequentemente, menos cortisol chega ao feto. Pesquisas anteriores já tinham demonstrado que uma exposição a altos níveis de cortisol, normalmente resultado da ansiedade ou depressão da gestante, pode aumentar os riscos do bebê desenvolver mais tarde desordens metabólicas e outros problemas relacionados ao stress.

Continua após a publicidade

“O estudo demonstra que um nutriente relativamente simples pode ter efeitos na vida pré-natal. Esses efeitos, provavelmente, continuam a ter influência duradoura sobre a vida adulta”, diz Eva K. Pressman, coordenadora do estudo e diretora do programa de gestação de alto risco da Universidade de Rochester. “Embora nossos resultados não mudem a prática agora, a ideia que o consumo materno de colina essencialmente muda a expressão genética do feto até a idade adulta é uma novidade.”

Menos cortisol – Foram estudadas 26 gestantes no terceiro trimestre. Elas foram divididas em dois grupos. Uma parte ingeriu 480 miligramas (mg) por dia, uma quantia um pouco acima do recomendado de 450 miligramas. O outro grupo consumiu quase o dobro, 930 miligramas. A colina era derivada da própria dieta e de suplementos, e foi consumida até o parto.

O consumo mais elevado de colina levou a maiores alterações nos marcadores epigenéticos que governam os genes reguladores do cortisol. Níveis altos de colina reduziram a ação desses genes, resultando em 33% menos cortisol no sangue dos bebês cujas mães consumiram as 930 miligramas.

Continua após a publicidade

Recomendação médica – Os autores afirmam que a descoberta levanta a possibilidade de que a colina pode ser usada de maneira terapêutica em casos nos quais o excesso de stress pode fazer aumentar as quantias de cortisol liberadas no feto. “Um dia, poderemos vir a prescrever colina da mesma maneira como prescrevemos o ácido fólico para todas as gestantes”, diz Eva. “Além de barato, o nutriente não tem virtualmente nenhum efeito colateral nas doses usadas nesse estudo.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.