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Nova variante do coronavírus preocupa a OMS

A Mu, identificada pela primeira vez na Colômbia, apresenta potencial para ficar imune às proteções das vacinas e anticorpos

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 set 2021, 20h49 - Publicado em 1 set 2021, 11h58

A Organização Mundial da Saúde adicionou mais uma cepa do coronavírus à sua lista de “variantes de interesse”, ou seja, aquelas que devem ser monitoradas por terem possibilidades de escapar da imunidade proporcionada pelas vacinas ou por anticorpos produzidos depois da infecção. Trata-se da variante Mu, também conhecida como B.1.621, que entrou na lista de observação da OMS na segunda-feira, 30 de agosto, após ser detectada em 39 países e parecer ser menos suscetível à proteção oferecida pelos imunizantes. “A variante Mu tem uma série de mutações que indicam propriedades potenciais de escape imunológico”, informa o boletim semanal da OMS sobre a pandemia. De acordo com o relatório, dados preliminares sugerem que a nova versão do SARS-CoV-2 pode se esquivar das defesas imunológicas de maneira semelhante à variante Beta, descoberta pela primeira vez na África do Sul.

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A variante Mu foi identificada pela primeira vez em janeiro de 2021, na Colômbia. Desde então, casos esporádicos e alguns surtos maiores foram registrados em todo o mundo. Além da América do Sul, foram relatadas novas infecções causadas pela variante no Reino Unido, Europa, Estados Unidos e Hong Kong. Embora ela seja responsável por menos de 0,1% das infecções mundiais por Covid-19, pode estar ganhando força na Colômbia e no Equador, onde é responsável por 39% e 13% dos casos da doença, respectivamente. Cientistas estão preocupados em saber se a variante é mais transmissível ou se leva a formas mais graves da doença do que a variante Delta, que atualmente é predominante em grande parte do globo. “A epidemiologia da variante Mu na América do Sul, particularmente com a co-circulação da variante Delta, será monitorada para mudanças”, afirma o boletim da OMS.

No Reino Unido, foram registrados pelo menos 32 casos da doença pela nova variante, onde o padrão de infecções sugere que que ela foi trazida por viajantes em várias ocasiões. Um levantamento da Public Health England (PHE), em julho, disse que a maioria foi encontrada em Londres e em pessoas com cerca de 20 anos, alguma já vacinadas com uma ou duas doses do imunizante contra a Covid-19.

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Também adicionada à lista de investigação do PHE, a Mu é designada como VUI-21JUL-01, o que significa que a variante será monitorada para ver como se comporta. Até agora, ela não levantou tanto alarde quanto a Alfa e a Delta, que são classificados como mais graves, em grande parte por causa de sua maior transmissibilidade e por evitarem as defesas imunológicas. “No momento, não há evidências de que a VUI-21JUL-01 está superando a variante Delta e parece improvável que seja mais transmissível”, afirma o relatório, embora alerte: “A fuga imunológica pode contribuir para mudanças futuras em crescimento.”

Uma avaliação preliminar de risco da variante Mu divulgada pela PHE, em agosto, destacou um trabalho de laboratório sugerindo que a variante é pelo menos tão resistente quanto a variante Beta à imunidade decorrente da vacinação. Mas são necessárias mais evidências de outros estudos e casos reais. O grau de ameaça que ela representa é incerto e vai depender de novos casos nas próximas semanas ou meses, e se vai aumentar substancialmente, em especial com a presença da variante Delta, de rápida disseminação.

 

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