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Nível de stress aumenta 75% no mês de dezembro

Sobrecarga de trabalho e compras de final de ano são algumas das razões

Por Da Redação
Atualizado em 23 mar 2021, 08h54 - Publicado em 9 dez 2010, 14h53

Sobrecarga de trabalho, contas extras, férias escolares, estradas congestionadas, shoppings lotados e filas nos aeroportos. Se na prática muita gente sabe que o fim de ano é estressante, agora há uma pesquisa que comprova o aumento de ansiedade, irritação e tensão nas pessoas no último mês do ano. Em dezembro, o nível de estresse aumenta, em média, 75% em relação aos outros períodos, segundo um estudo realizado pela International Stress Management Association do Brasil (ISLA-BR) – associação que pesquisa o estresse e suas formas de prevenção.

Cerca de 700 pessoas economicamente ativas, com idade entre 25 a 55 anos, foram ouvidas para elaboração do estudo. Para 60% dos entrevistados, o excesso de tarefas no trabalho é a principal causa do estresse. Já 25% deles atribuíram os nervos à flor da pele aos gastos adicionais. “As causas disso passam pela sobrecarga de trabalho, trânsito, solidão e gastos”, explica Ana Maria Rossi, presidente da instituição.

Ansiedade, irritação e tensão são justamente os principais sintomas de um quadro patológico de estresse, afirma o psicólogo Julio Peres, doutor em neurociência e comportamento pela Universidade de São Paulo (USP). “Mas cansaço, desânimo, taquicardia, sonolência, fadiga e sudorese também são sintomas”, afirma o psiquiatra Jair Borges Barbosa Neto, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Para evitar as dores de cabeça do final do ano, a comissária de bordo Fabiana Paludo, de 24 anos, investe no planejamento. “Não deixo nada para fazer de última hora e, por isso, não me estresso”, diz. A divisão de tarefas também é defendida pela psicoterapeuta Karina Haddad Mussa. “É preciso planejar o dia, organizar horários, evitar o trânsito e buscar técnicas de relaxamento”, indica a professora de medicina comportamental da Unifesp.

Os passeios com os amigos aos finais de semana são uma espécie de “terapia” para a estudante de direito Suellen Gasen, de 18 anos. Ela diz sofrer em dezembro com as contas e os gastos extras. “É muita dívida e muita coisa para comprar, ainda mais porque meu pai faz aniversário em novembro. E ainda têm as provas da faculdade no final do semestre”.

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Equilibrar as finanças é outra maneira de aliviar a ansiedade. “No final do ano, as pessoas costumam gastar mais, até por conta do espírito natalino”, diz a especialista em finanças Simone Domingues. “A tática é colocar tudo na ponta do lápis. É a melhor maneira para evitar o estresse financeiro”, completa ela.

Naturalmente estressado – O estresse, em doses adequadas, não é prejudicial à saúde. “É uma resposta adaptativa do ser humano. O problema está no nível de ansiedade: em excesso, pode se tornar uma doença”, diz Peres. Ele atribui o estresse patológico ao modelo social. “Nos grandes centros, as pessoas estão sozinhas no meio da multidão. A cultura do imediatismo e a fragilidade dos vínculos afetivos também favorecem a ansiedade”, completa.

(Com Agência Estado)

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