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Mutações em um mesmo gene previnem doenças cardíacas

Novas pesquisas descobrem que alterações no gene APOC3 mantêm níveis de triglicérides baixos e reduzem risco de infarto a longo prazo

Por Da Redação
20 jun 2014, 15h07

Cientistas identificaram mutações que ocorrem em um mesmo gene e que são capazes de proteger a saúde cardíaca de uma pessoa. De acordo com esses especialistas, quatro alterações no gene APOC3 fazem com que os níveis de triglicérides, um tipo de gordura presente no sangue, permaneçam baixos, podendo reduzir em quase 40% as chances de um ataque cardíaco.

As descobertas fazem parte de dois estudos diferentes – um feito na Universidade de Copenhague, na Dinamarca, e o outro no Hospital Geral de Massachusetts, que faz parte da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Ambos foram publicados na edição desta semana da revista The New England Journal of Medicine.

Os autores das pesquisas acreditam que as conclusões podem ajudar no desenvolvimento de medicamentos que imitem os efeitos dessas mutações genéticas e que, portanto, possam ser usados para prevenir doenças cardíacas. Remédios assim seriam uma alternativa, ou complemento, ao uso da estatina, medicamento que ajuda a controlar os níveis de colesterol no sangue.

Pesquisas – O estudo feito no Hospital Geral de Massachusetts analisou o DNA de 3.700 pessoas e encontrou pelo menos uma mutação no gene APOC3 em um em cada 150 indivíduos. Os pesquisadores descobriram que, em média, participantes com alguma dessas alterações genéticas tinham níveis de triglicérides 39% menores do que aqueles sem a mutação. Essas pessoas também apresentaram níveis de HDL, o colesterol ‘bom’, 22% mais elevados e taxas de LDL, o colesterol ‘ruim’, 16% mais baixas.

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A pesquisa dinamarquesa acompanhou mais de 75.000 indivíduos ao longo de 34 anos e descobriu que aqueles que apresentavam mutações no gene APOC3 tinham níveis de triglicérides 44% mais baixos. Eles também tiveram uma chance 36% menor de sofrer um ataque cardíaco ao longo do estudo.

Em entrevista ao jornal The New York Times, o médico Daniel Rader, diretor de Medicina Preventiva Cardiovascular da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, disse que os estudos representam uma boa notícia nessa área. Segundo ele, alguns pacientes que recebem estatina continuam em risco para doenças cardíacas pois apresentam níveis elevados de triglicérides. “Nós estávamos buscando por algo além das estatinas. Após darmos altas doses de estatina ao paciente, o que mais podemos fazer? Essencialmente, nada”, afirmou.

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