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Ministro da Saúde culpa estados pela vacinação de adolescentes

Decisão de suspensão não passou por especialistas do Programa Nacional de Imunização e da Câmara Técnica do Ministério da Saúde

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 set 2021, 18h48 - Publicado em 16 set 2021, 18h04

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quinta-feira, 16, que a imunização de adolescentes com a vacina contra a Covid-19 foi realizada de forma “intempestiva”. “Estados e municípios iniciaram essa vacina antes, até no mês de agosto, vacina que era para começar ontem. Como conseguimos coordenar a campanha dessa forma?”, questionou o ministro durante entrevista coletiva agora há pouco. Na noite de quarta-feira 15, o Ministério anunciou a suspensão da imunização em jovens de 12 a 17 anos, em decisão tomada apenas três dias depois de o próprio Ministério ter publicado o “Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação” , no qual indicava a imunização de todos os adolescentes – primeiro com comorbidades, depois o restante – assim que a população com mais de 18 recebesse a primeira dose. Além disso, a mudança de conduta não teria sido discutida e validada pelas equipes médicas de especialistas do Programa Nacional de Imunização e da Câmara Técnica da pasta. Secretários estaduais e municipais também não teriam sido consultados.

Queiroga também acusou os estados de estarem aplicando imunizantes de outros fabricantes e não só da Pfizer, única vacina autorizada pela Anvisa para esse público. “Não vamos aceitar isso. Temos compromisso com todos os brasileiros, mas em especial com os adolescentes, que são o futuro dessa nação”.  O ministro apresentou números segundo os quais triam sido aplicadas mais de 26 mil doses de vacinas não autorizadas para adolescentes, além de nove casos de jovens que teriam tomado três doses da vacina, Os casos estão sendo investigados pelo Ministério da Saúde. Segundo a nova orientação, o imunizante só deve ser  aplicado em jovens entre 12 e 17 anos que possuam “deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade.

O governo de São Paulo manterá o cronograma de vacinação dos adolescentes mesmo com recomendação contrária ao Ministério da Saúde. “Coibir a vacinação integral dos jovens de 12 a 17 anos é menosprezar o impacto da pandemia na vida deste público. Este grupo responde ainda por 6,5% dos casos e, assim como os adultos, está em fase de retomada do cotidiano, com retorno às aulas e atividades socioculturais”, informou o comunicado do governo paulista. São Paulo e Rio de Janeiro foram os estados que mais aplicaram vacinas em jovens entre 12 e 17 anos de idade. As prefeituras de São Paulo e do Rio de Janeiro também afirmaram que vão manter a vacinação de adolescentes sem comorbidades apesar da nova recomendação do Ministério anunciada ontem.

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