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Ministério da Saúde contesta médico do RS

Por Da Redação
21 jul 2009, 20h44

O Ministério da Saúde enviou nota na noite desta terça-feira contestando a entrevista do médico pneumologista Cláudio Crespo, da Santa Casa de Uruguaiana (RS).

1) Inicialmente cabe destacar que a maioria absoluta dos casos (95%) da nova gripe ou da gripe sazonal (causada por outros vírus influenza), no Brasil e no mundo desenvolve doença leve e se recuperam sem uso do antiviral.

2) O protocolo do Ministério da Saúde foi desenvolvido em consonância com as recomendações da OMS que estabelecem a priorização de casos graves e pessoas que apresentem fatores de risco para desenvolver doença grave, seja para a realização do teste diagnóstico, seja para o tratamento com o antiviral. Ou seja, a justificativa para indicação do tratamento com antiviral somente para estes grupos não se encontra na possibilidade de que não haveria medicamento suficiente.

3) Outros países também estão adotando a mesma indicação, incluindo países com bom nível de desenvolvimento e, certamente, também com estoques suficientes de medicamento, como o Reino Unido. O CDC dos Estados Unidos, país também que se enquadra neste nível de desenvolvimento, também está adotando a recomendação de uso de antivirais para estes grupos.

4) Um outro fator que deve ser levado em conta para adotar uma maior precaução, quanto ao uso de antivirais em todos os casos suspeitos da nova gripe, é que, como ela apresenta a mesma sintomatologia da gripe sazonal, a gripe comum, é impossível distinguir clinicamente entre as duas doenças.

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5) Portanto todos os pacientes com sintomas de gripe receberiam tratamento com antiviral. O risco que pode ocorrer é a geração de cepas do vírus resistentes ao antiviral, tornando-o ineficaz no tratamento mesmo dos casos com maior risco de desenvolver doença grave.

6) Por exemplo, em um estudo recente publicado nos Estados Unidos, está registrada uma elevada resistência (99,3%) de um vírus sazonal (H1N1 sazonal, que já circulava antes no país) ao medicamento, neste país.

7) Também devemos lembrar que para este novo vírus H1N1 já foi detectada resistência em três países, entre eles o Japão e a Dinamarca, ainda em que numero limitado de casos.

8) Portanto, o Ministério vem adotando as medidas visando a proteção dos grupos mais vulneráveis para desenvolver formas graves e óbitos, como tem sido a orientação da OMS e seguido por todos os demais países.

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9) Por fim, o Ministério da Saúde informa que nesta terça feira autorizou o envio de mais 15 mil tratamentos para o Estado do Rio Grande do Sul, considerando que neste estado, em virtude das características já referidas na matéria, apresenta uma maior proporção de casos de influenza, incluindo as formas graves, seja pela nova gripe, seja pela gripe sazonal, o que ocorre todos os anos, em especial durante o inverno.

10) Essa remessa faz parte do primeiro lote de 50.000 tratamentos contra Influenza A (H1N1), adquiridos pelo Ministério da Saúde, chegou a um dos depósitos do governo federal nesta terça-feira, 21 de julho.

11) Eles serão distribuídos aos 68 hospitais de referência de todo o país para o atendimento aos pacientes com a nova gripe, entre eles as unidades que ficam no Rio Grande do Sul.

12) Uma segunda leva dos remédios, mais 50.000, será entregue até o dia 15 de agosto. E outros 750.000 tratamentos chegarão até o dia 30 de setembro. O Ministério, por meio do Laboratório de Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz – RJ), já está produzindo 150.000 tratamentos, que estarão disponíveis para uso a partir do fim do mês. Ao todo, será um milhão de tratamentos.

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13) Cada um dos tratamentos é composto por 10 comprimidos de fosfato de osetalmivir, quantidade indicada para uma pessoa. A remessa distribuída no país deve superar o número de casos graves, segundo o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage. O medicamento é indicado apenas para essa parcela, que representa menos de 5% dos pacientes com os sintomas. “É esperado um aumento da procura pelo remédio agora no inverno, quando a doença atingirá um maior número de pessoas. Receberemos quantidade suficiente para atender essa demanda”, destaca Hage.

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