Ministério da Saúde amplia acordo para redução de sódio nos alimentos
Termo de compromisso com indústria alimentícia prevê redução gradual do nutriente em mais sete categorias
Redução de sódio
Pão francês
Teor atual: 648mg/100g
Meta: 586mg/ 100g
Redução: 2,5% ao ano até 2014
Batata palha ou frita
Teor atual: 720mg/100g
Meta: 529mg/ 100g
Redução: 5% ao ano até 2016
Salgadinhos de milho
Teor atual: 1.288mg/100g
Meta: 747mg/ 100g
Redução: 8,5% ao ano até 2016
Bolos prontos
Teor atual: 463mg/100g
Meta: Entre 204mg/100g e 332g/100g (varia conforme o tipo de bolo)
Redução: De 7,5% a 8% ao ano até 2014
Misturas para bolo
Teor atual: 568mg/100g
Meta: 334mg/100g (aerados) e 250mg/100g (cremosos)
Redução: De 8% a 8,5% ao ano até 2016
Biscoitos
Teor atual:1.220mg/100g (salgados), 490mg/100g (doces) e 600mg/100g (doces recheados)
Meta: 699mg/100g (salgados), 359mg/100g (doces) e 265mg/100g (doces recheados)
Redução: 7,5% a 19,5% ao ano até 2014
Maionese
Teor atual: 1.567mg/100g
Meta: 1.052mg/100g
Redução: 9,5% ao ano até 2014
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acertou com a indústria alimentícia a ampliação do acordo para a redução de sódio nos alimentos. O documento acrescenta sete novas categorias de produtos à lista inicial, de dezesseis variedades, divulgada em junho. São elas batatas fritas e batata palha, pão francês, bolos prontos, misturas para bolos, salgadinhos de milho, maionese e biscoitos (doces ou salgados).
As mudanças serão feitas de maneira gradual e as metas de redução (confira ao lado) precisam ser cumpridas até 2014 ou 2016, dependendo do produto.
Segundo Padilha, o acordo reforça a tentativa do governo junto às indústrias de alcançar, até 2020, o consumo diário de sal recomendado pela Organização Mundial da Saúde, que é de, no máximo, cinco gramas ao dia por pessoa. De acordo com o Ministério da Saúde, o consumo do brasileiro é, em média, 9,6 gramas diárias de sal, sendo que, a cada grama de sal, há 400 miligramas de sódio.
Para o ministro, trata-se de uma medida de prevenção para doenças cardiovasculares, hipertensão e até alguns tipos de câncer. Dados da Vigilância de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2010 mostraram que a hipertensão arterial atingiu 23,3% dos brasileiros maiores de 18 anos, e problemas cardiovasculares foram responsáveis por 319.000 mortes no país em 2009.