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Menopausa causada por cirurgia pode aumentar risco de danos cognitivos

De acordo com pesquisadores, falta do hormônio feminino estrogênio, produzido nos ovários, pode ser a causa do problema

Por Da Redação
28 mar 2013, 19h06

Mulheres que entram na menopausa prematuramente, em virtude de cirurgias de remoção dos ovários, podem apresentar um risco duas vezes maior de perda cognitiva e demência. Os autores do estudo, publicado nesta quinta-feira no periódico Brain, acreditam que isso se deve à perda do estrogênio, hormônio feminino produzido pelos ovários.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Hypersensitivity of the hippocampal CA3 region to stress-induced neurodegeneration and amyloidogenesis in a rat model of surgical menopause

Onde foi divulgada: periódico Brain

Quem fez: Quan-guang Zhang, Rui-min Wang, Erin Scott, Dong Han, Yan Dong, Jing-yi Tu, Fang Yang, Gangadhara Reddy Sareddy, Ratna K. Vadlamudi e Darrell W. Brann

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Instituição: Universidade Georgia Regents, nos EUA

Resultado: Ratos que tiveram os ovários removidos e não fizeram a reposição do hormônio estrogênio (ou a fizeram tardiamente) apresentaram danos cerebrais maiores em consequência de um acidente vascular cerebral, em relação àqueles que fizeram a reposição logo após o procedimento cirúrgico.

A pesquisa foi realizada com ratos fêmeas que tiveram os ovários removidos. Alguns dos animais começaram a receber terapia de reposição de estrogênio logo após a cirurgia, outros começaram dez semanas mais tarde e os demais nunca fizeram a reposição.

Os pesquisadores então provocaram um acidente vascular cerebral no hipocampo dos ratos, região do cérebro relacionada ao aprendizado e à memória. Os roedores que começaram o tratamento com estrogênio tardiamente ou que não o fizeram sofreram danos maiores no cérebro, especialmente em uma região do hipocampo denominada CA3, que normalmente é resistente a derrames.

Os ratos não tratados ou tratados tardiamente também desenvolveram uma produção anormal de proteínas relacionadas à doença de Alzheimer e um aumento na produção de radicais livres no cérebro. Quando os pesquisadores impediram essa produção excessiva, o aumento da sensibilidade a derrames e de morte de células na região CA3 foi reduzido.

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Esses sintomas foram específicos para o gênero feminino: ratos que tiveram os testículos removidos não apresentaram um risco maior de danos cerebrais.

De acordo com os pesquisadores, apesar de o mecanismo responsável por essas descobertas ainda ser desconhecido, o estrogênio parece proteger mulheres jovens de derrames e de ataques cardíacos. Após a menopausa, esse risco aumenta para elas até quase se igualar ao dos homens.

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