Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Médicos conseguem reanimar cérebro em coma com ultrassom

O procedimento inédito e não invasivo utiliza um aparelho de ultrassom para estimular a parte do cérebro responsável pelo processamento de informações

Por Da redação
Atualizado em 8 set 2016, 16h10 - Publicado em 8 set 2016, 16h09

Em um feito inédito, médicos americanos conseguiram reanimar o cérebro de um paciente que estava em coma com a ajuda de um ultrassom. De acordo com um estudo publicado recentemente na revista científica Brain Stimulation, o homem de 25 anos teve um “incrível progresso” após receber o novo tratamento de reanimação cerebral.

A técnica, não invasiva, consiste na utilização de um aparelho de ultrassom que emite pulsações de baixa intensidade para agitar neurônios. As ondas sonoras são direcionadas para o tálamo – parte do cérebro responsável pelo processamento de informações e por funções como regulação de consciência, sono e estado de alerta – e tem como objetivo diminuir a espera por uma reação do paciente ao “despertá-lo”.

“É quase como se estivéssemos reiniciando a função dos neurônios. Até agora, a única maneira de conseguir isso era um procedimento cirúrgico arriscado conhecido como estimulação cerebral profunda, em que eletrodos são implantados diretamente dentro do tálamo. A nossa abordagem visa diretamente o tálamo, mas não é invasiva.”, explicou Martin Monti, professor de psicologia e neurologia da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos e principal autor do estudo.

Ainda de acordo com o autor, a técnica evita os chamados distúrbios de consciência, como o estado vegetativo ou estado minimamente consciente, que podem causar danos cerebrais severos.

Leia também:
Como lidar com a própria morte…
Australiano acorda do coma falando apenas mandarim

Continua após a publicidade

Como funciona

Um dispositivo do tamanho de um pires, que gera pequenas esferas de energia acústica, é colocado ao lado da cabeça do paciente e acionado durante 30 segundos, por dez vezes, num período de dez minutos.

Antes do procedimento, o paciente tinha apenas sinais mínimos de consciência e compreensão de fala.

Três dias após o tratamento, o homem recuperou plena consciência e tinha compreensão completa da linguagem, conseguindo inclusive se comunicar com os médicos ao balançar a cabeça com sinais de “sim” ou “não” e até acenar para dar tchau.

Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores afirmam que ainda são necessárias mais pesquisas. “É possível que nós tenhamos tido muita sorte e que tenha calhado do paciente ter se recuperado espontaneamente no mesmo período da estimulação. Por isso outros estudos serão enriquecedores”, afirmou o autor.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.