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Médicos aumentam idade mínima para exame de próstata de 45 para 50 anos

Mudança da Sociedade Brasileira de Urologia tem como objetivo evitar diagnósticos em excesso e tratamentos desnecessários de câncer de próstata

Por Da Redação
7 nov 2013, 11h08

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) vai aumentar de 45 para 50 anos a idade mínima recomendada para que os homens procurem um médico para fazer exames de diagnóstico precoce do câncer de próstata. No caso de pacientes de pele negra, obesos ou que tenham histórico familiar, ou seja, com maior risco da doença, a orientação também muda: a idade mínima para o monitoramento salta dos atuais 40 para 45 anos. As novas recomendações serão anunciadas no 34º Congresso Brasileiro de Urologia, que começa no dia 16 deste mês e será realizado em Natal.

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PSA

PSA é a sigla em inglês para antígeno prostático específico, uma proteína produzida pelas células da próstata e considerada um importante marcador biológico para determinar o risco de desenvolver o câncer de próstata. O exame de PSA sozinho, no entanto, não é capaz de fornecer informações suficientes para determinar se o paciente tem ou não a doença.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, nem sequer recomenda uma idade mínima para que o homem faça exames de rotina – o órgão é contra o rastreamento populacional e recomenda que o homem procure o médico somente quando tiver sintomas.

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Afinal, o PSA é útil ou não para definir o tratamento de câncer de próstata?

Segundo Aguinaldo Nardi, presidente da SBU, 25 especialistas se reuniram para discutir os estudos existentes no mundo todo e as atualizações sobre essa prática. Ele diz que o “rastreamento oportunista” (quando o homem procura voluntariamente o médico para fazer exames a partir de uma certa idade) precisa existir como forma de prevenir a doença. “Todo homem com mais de 50 anos deve ir ao médico fazer os exames de PSA (proteína que, em níveis aumentados, pode indicar existência de câncer) e de toque retal.”

Mudanças – De acordo com Nardi, a alteração na idade mínima será feita porque há um excesso de diagnósticos de cânceres de próstata que não se desenvolveriam de forma agressiva. “São os chamados cânceres indolentes. O homem tem câncer, mas ele não chega a ser invasivo, não sai da próstata e se desenvolve tão lentamente que não traria problemas. Acredita-se que cerca de 20% dos tumores são indolentes”, explica. O professor Carlos D’Ancona, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), diz ainda que o excesso de diagnóstico leva a tratamentos desnecessários, que podem causar efeitos colaterais, como disfunção erétil e incontinência urinária.

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O problema disso, reconhece Nardi, é que não existe um marcador de risco que aponte com segurança se o câncer diagnosticado no paciente será ou não agressivo. Por isso, foram estabelecidos critérios para definir qual seria o câncer indolente. “Se a biópsia da próstata apontar no máximo dois fragmentos alterados que estejam menos de 50% comprometidos e o resultado do PSA for menor do que 10, a suspeita é que esse será um câncer indolente”, diz. Nesses casos, a indicação será monitorar o PSA a cada três meses e refazer a biópsia a cada dois anos.

Diretrizes internacionais – Em maio deste ano, Sociedade Americana de Urologia redefiniu a faixa etária para a qual recomenda o exame PSA, aumentando a idade mínima, que antes era de 50 anos, para de 55 a 69 anos. O órgão manteve a orientação aos grupos de risco: continua valendo a recomendação do teste a partir dos 40 anos de idade.

(Com Estadão Conteúdo)

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