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Mapa global indica: depressão é problema de saúde pública

Transtorno - que atinge 121 milhões de pessoas - afeta capacidade de trabalho, relacionamentos interpessoais e pode chegar a destruir sua qualidade de vida

Por Da Redação
26 jul 2011, 11h53

A depressão afeta 121 milhões de pessoas em todo o mundo, e o episódio depressivo maior (MDE, sigla em inglês), caracterizado pela condição duradoura do transtorno, tem se tornado um problema de saúde pública. A conclusão é de um levantamento epidemiológico publicado nesta terça-feira no BMC Medicine, que reuniu dados de 18 países. No Brasil, informações foram coletados em São Paulo e estimam que os brasileiros entre 18 a 34 anos e acima dos 65 anos são de 3 a 5,5 vezes mais suscetíveis a terem MDE.

Coordenados pela World Mental Health Survey Initiative (projeto da Organização Mundial de Saúde para saúde mental), pesquisadores de 20 centros colaboraram na investigação da prevalência da depressão pelo mundo. Para ser classificada com o MDE, a pessoa precisava preencher cinco de nove critérios, incluindo tristeza, perda de interesse ou prazer, sentimento de culpa ou baixa autoestima, distúrbios do sono ou de apetite, pouca energia e pouca concentração.

O levantamento feito com mais de 89.000 pessoas mostrou que 15% da população de países de alta renda estavam suscetíveis à depressão em algum momento da vida – 5,5% haviam tido o transtorno no último ano. Em países de baixa e média renda, 11% tinham riscos da doença. Casos de MDE se mostraram elevados em países de alta renda (28%) e foram especificamente altos na França, Holanda e Estados Unidos (30%). O país com a menor incidência era a China com 12% – mas, em contraste, casos de MDE eram bastante comuns na Índia (quase 36%).

Aspectos transculturais – As mulheres se mostraram duas vezes mais suscetíveis a terem depressão do que os homens. A perda do parceiro, seja por morte, divórcio ou separação, seria um fator importante para o transtorno. A contribuição da idade, no entanto, variou de país para país. Em países de baixa renda, por exemplo, o início da depressão acontecia dois anos mais cedo. Já se as dificuldades que a pessoa enfrenta aumentaram com a depressão, assim como o quão recente foi sua última crise, eram aspectos mais aparentes em pessoas de países de alta renda.

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De acordo com Evelyn Bromet, da Universidade de Nova York, esse é o primeiro estudo que usa um método padronizado para comparar depressão e MDE entre países e culturas. “Demonstramos que a depressão é uma preocupação de saúde pública e está fortemente relacionada a condições sociais. Compreender os padrões e suas causas podem ajudar iniciativas globais para reduzir o impacto da depressão na vida dos indivíduos e em reduzir a carga para a sociedade.”

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