Mamografia reduz em 30% as mortes por câncer de mama
Pesquisa revela que benefícios do exame são ainda maiores do que se pensava

A maior pesquisa sobre mamografia realizada até hoje revela que fazer o exame regularmente é ainda mais benéfico à saúde da mulher do que se pensava. De acordo com o estudo, publicado no periódico especializado Radiology, o exame em mulheres acima dos 40 anos é capaz de reduzir em até 30% o número de mortes provocadas pelo câncer de mama – porcentagem que vem crescendo com o passar dos anos.
Durante a pesquisa, que levou sete anos para ser concluída, os cientistas dividiram em dois um grupo de 130.000 voluntárias. O primeiro grupo de mulheres passaria por mamografias regulares e, o segundo, teria apenas cuidados habituais, como exame de toque. Dentro do intervalo da pesquisa, s mulheres entre 40 e 49 anos fizeram o exame a cada dois anos e as entre 50 e 74, a cada três.
Ao final, os pesquisadores descobriram que o grupo que passou pela mamografia de rotina teve um número de mortes 30% menor, quando comparado ao que teve apenas os cuidados habituais. “Quanto mais tempo os exames foram sendo repetidos, mais vidas podem ser salvas”, diz Stephen Duffy, professor da Universidade de Londres e coordenador do estudo.
“Nossos resultados indicam que a cada 1.000 mulheres examinadas por 10 anos, três mortes por câncer de mama podem ser prevenidas”, explica Duffy. O cientista afirma ainda que a maioria dessas mortes prevenidas teria acontecido mais de uma década depois que os exames começaram.
EUA – De acordo com Stamatia Destounis, pesquisadora da equipe, os exames de rotina trazem mais benefícios à saúde da mulher do que se sabia. Isso porque há poucos anos, nos Estados Unidos, esses exames foram desacreditados. De acordo com a diretriz que perdura no país até hoje, os exames de mamografia de rotina não são indicados para mulheres de 40 anos e devem ser feitos apenas em situações pontuais – como uma suspeita de câncer.
As mudanças, que teriam sido feitas para evitar gastos excessivos com os exames, contradiziam anos de alertas sobre a necessidade de exames de rotina para detectar o câncer de mama a partir de 40 anos. À época da publicação, especialistas e grupos de defesa protestaram contra as recomendações, argumentando que as novas indicações poderiam confundir as mulheres e resultar em mais mortes pelo câncer.
Clique nas perguntas abaixo para saber mais sobre o câncer de mama:
Dr. Antonio Wolff
O oncologista Antonio Wolff é especialista em câncer de mama. Está começando um projeto de pesquisa com 8.000 mulheres, que fará testes com dois remédios – trastuzumabe e lapatinibe. Os primeiros resultados deverão começar a aparecer em dois anos.
Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Wolff é pesquisador da Universidade Johns Hopkins há doze anos. Ali, atende pacientes duas vezes por semana e estuda, faz pesquisas, dá palestras. Seu foco é no que pode ser feito para melhorar a vida do paciente.
Prevenção Quais são os sintomas do câncer de mama? O autoexame é eficaz?
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Há alguma mudança em hábitos de vida que previnem o câncer de mama?
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A mastectomia preventiva é válida como prevenção? Quais são os critérios que devem ser levados em conta antes de se submeter a uma cirurgia do tipo?
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É verdade que alguns hormônios podem estimular o crescimento de tumores? Quais são as consequências disso para o cotidiano das mulheres, que deixam de fazer reposição hormonal?
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Qual a necessidade de fazer mamografia? Porque ainda não inventaram um método melhor, menos doloroso?
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Tratamento O citrato de tamoxifeno é um remédio ainda utilizado nos EUA?
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É verdade que a radioterapia pode não ajudar em nada – e até prejudicar?
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Por que medicamentos iguais não funcionam da mesma forma para todas as pessoas?
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Qual o risco do câncer voltar mais forte e em outros lugares do corpo após o término do tratamento?
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Existem medicamentos para diminuir os efeitos colaterais da quimioterapia?
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Perguntas gerais Por que o câncer de mama é menos frequente nos homens?
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Há registros de doentes que se curaram por completo após uma metástase e é possível uma sobrevida acima de cinco anos?
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É possível participar das pesquisas conduzidas na Universidade Johns Hopkins?
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Quais as probabilidades dos filhos de uma pessoa com câncer também desenvolverem a doença? E o que fazer para evitar?
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Quais as chances de ter uma vida normal após o câncer?
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(Com agência Reuters)
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