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Mais Médicos custa R$ 542 milhões e ainda falta atendimento

De acordo com o Ministério, 71% dos registros ainda não foram liberados. Como não há exigência de licitações para passagens e hospedagens, os gastos com o programa podem ser maiores

Por Da Redação
30 set 2013, 16h19

O Ministério da Saúde estima investir ao menos 542 milhões de reais até dezembro no Mais Médicos. O valor inclui gastos assumidos desde o início das atividades, em agosto – mas que pode ser superado, pois o plano já funciona em sistema de emergência, sem a exigência de licitação para hospedagens e passagens aéreas. No entanto, médicos formados no exterior que já receberam registro provisório ainda esperam para começar a trabalhar pelo País.

Além disso, como 71% dos registros profissionais ainda não foram liberados pelos conselhos regionais, os profissionais sem aval para trabalhar estão sendo pagos para conhecer as unidades, participar de reuniões e observar colegas em ação. Em São Paulo, essa é a rotina de 55 médicos.

Até a última quinta-feira houve 647 registros protocolados. Destes, 182 foram emitidos – 161 nas últimas duas semanas. De acordo com o cronograma do governo, os brasileiros com diplomas nacionais aprovados começam a trabalhar nesta terça-feira.

Em municípios da Grande Porto Alegre, nove profissionais com registro provisório ainda participavam na semana passada da ‘�territorialização’� – termo usado pelo ministério para definir a fase de contato com colegas da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Na última sexta-feira, apenas um deles prestava consultas. Dois já tinham registro e os outros seis receberam o documento na quinta e começam a trabalhar nesta segunda-feira.

No Nordeste, a realidade não é diferente. Desde a última terça-feira, a cubana Monica Lorenzo Perez tem o registro do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) e ainda não trabalha em Afogados da Ingazeira, no sertão. Por decisão do secretário municipal de Saúde, Gildázio Moura, Monica e sua colega Mirta Consuelo Leyva Suarez, que recebeu o registro três dias depois, ainda cumprem uma etapa de adaptação. “�Mesmo que os registros tivessem sido emitidos sem contratempo, nosso planejamento incluiria 15 dias de preparação.”�

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Neste período de entrosamento, as médicas entraram em contato com dados epidemiológicos, com a rede municipal de saúde e com a estratégia de planejamento municipal com relação à atenção básica. Conheceram as condições de vida da população rural e urbana, foram à feira, e estão conhecendo a linguagem e os costumes do povo.

À espera – Médicos que ainda aguardam pelo registro seguem a mesma rotina: ‘territorialização’ sem atendimento nenhum. Depois de 30 anos exercendo a medicina na Itália, a brasileira Silvana Picozzi conta que aderiu ao Mais Médicos para �ajudar� a população. “�Eu queria trabalhar com a população que mais precisa e o programa veio na hora certa”�, disse. Ela é um dos cinco médicos destinados pelo programa a Indaiatuba, interior de São Paulo.

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(Com Estadão Conteúdo)

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