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Jet lag social: entenda a condição e como ela afeta a saúde

O fenômeno acontece quando há diferença entre o período de sono do fim de semana e o dos dias úteis e pode desregular o metabolismo

Por Da Redação
Atualizado em 8 jun 2017, 18h38 - Publicado em 8 jun 2017, 13h28

Você já ouviu falar de ‘jet lag social‘? Mesmo que nunca tenha ouvido essa expressão, é bem provável que você sofra ou já tenha sofrido do problema. A condição, caracterizada por dormir e acordar nos fins de semana mais tarde do que durante a semana, pode estar confundindo o seu relógio biológico e prejudicando sua saúde.

De acordo com estudo da Universidade de Pittsburgh, 85% das pessoas dormem e acordam mais tarde aos fins de semana do que durante a semana. Agora, uma pesquisa da Academia Americana de Medicina do Sono revelou que o efeito pode gerar problemas a longo prazo, como fadiga crônica, sonolência, mal humor e problemas de saúde. Aliás, cada hora de jet lag social foi associada a um amento de 11% no risco de doenças cardíacas.

Prevenção de doenças

“Os resultados indicam que a regularidade do sono, mais do que sua duração, desempenha um papel importante para a saúde. Isso sugere que um sono regular pode ser uma forma efetiva, barata e relativamente simples de prevenir doenças cardíacas, assim como outros problemas de saúde.”, disse Sierra Forbush, assistente de pesquisa do Programa de Saúde e Sono da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.

Essa não é a primeira pesquisa a revelar o impacto do jet lag social. Um estudo realizado pela Universidade de Munique, na Alemanha, já havia relacionado a condição à obesidade, que aumenta em 33% o risco a cada hora de jet lag. Os resultados também revelaram que pessoas com jet lag social têm maior tendência a fumar, ingerir bebidas alcoólicas em excesso, consumir mais cafeína e a ser mais depressivas que o resto da população.

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“Esse comportamento é como se em uma sexta-feira a noite a maioria das pessoas voasse de Paris a Nova York ou de Los Angeles para Tóquio, e voltasse  logo na segunda-feira. Já que os efeitos se parecem com a situação de jet lag após uma viagem, nós o chamamos de jet lag social. As pessoas vivem quase como se estivessem em um fuso horário diferente em relação ao relógio biológico“, explicou Till Roenneberg, pesquisador da Universidade de Munique, que criou o termo.

Entenda o jet leg social

O novo estudo mediu o jet leg social dos participantes subtraindo o ponto médio de sono dos fins de semana da média dos dias de semana. Isso significa que, se nos dias de semana você geralmente vai dormir à meia-noite e acorda as 7h, e nos fins de semana vai para a cama à 1h da manhã e acorda às 8h, você tem uma hora de jet lag social.

Aqueles que relataram uma hora de jet leg social tinham uma propensão 22% maior de qualificar sua saúde como “boa”, mas não “excelente” e 28% mais prováveis a relatá-la como “ruim”.

“Muitas pessoas acordam às 7h durante a semana, mas nos fins de semana vão dormir mais tarde e também acordam mais tarde como forma de compensar, mas não é bem assim.”, disse Sierra .

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Fatores como insônia e duração do sono não foram considerados, e o novo estudo também não analisou se mudanças nos padrões do sono eram responsáveis por isso.

Infelizmente, reverter os efeitos não é tão simples assim. Segundo Roenneberg, manter o mesmo horário todos os dias da semana resultará em pouco tempo de sono, o que também pode ter consequências graves.

Em vez disso, ele propõe que as pessoas tentem alinhar os horários de trabalho com o relógio biológico, o que precisaria de toda uma mudança estrutural. Por isso, o ideal é seguir as sete horas de sono por noite recomendadas pela Academia Americana de Medicina do Sono.

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