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Insuficiência cardíaca mata 50 mil pessoas por ano

Dado é do primeiro estudo nacional sobre a doença e mostra o dobro do registrado pelo Ministério da Saúde

Por Da Redação
7 Maio 2015, 09h06

A insuficiência cardíaca mata 50.000 brasileiros por ano, de acordo com o primeiro estudo nacional sobre a doença. O dado é o dobro do registrado pelo Ministério da Saúde e pode revelar falha no diagnóstico, diz o cardiologista Denilson Albuquerque, professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e coordenador da pesquisa.

A insuficiência cardíaca é a incapacidade do coração de bombear sangue em quantidade necessária para o organismo. As consequências são o acúmulo de líquidos, até nos pulmões (edema pulmonar agudo), falta de ar e cansaço extremo, entre outros sintomas. Para entender a doença, pesquisadores de 51 centros médicos de todas as regiões do país acompanharam por um ano 1.263 pacientes – 12,6% morreram nos hospitais.

O DataSUS registrou, em 2012, 26.694 mortes, o que equivale a 6% das internações. “O que pode haver é desconhecimento do quadro. Em alguns hospitais, não há cardiologista no plantão. O profissional confunde o edema pulmonar com pneumonia, por exemplo”, afirmou Albuquerque.

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Sem diagnóstico correto, o paciente não recebe a orientação adequada. O Breath (Brazilian Registry of Acute Heart Failure), como o estudo foi batizado, informa que um terço dos pacientes é internado novamente em três meses; em seis meses, a proporção sobe para 46%.

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As causas da insuficiência cardíaca variam de acordo com a região. No Sul, Sudeste e Nordeste, um terço dos casos ocorre em decorrência de enfarte. No Norte, 37% dos pacientes sofrem de hipertensão. No Centro-Oeste, a principal causa é a Doença de Chagas (42,4%).

A falta de adesão ao tratamento é a principal responsável pelas internações – 30% dos pacientes não tomaram os remédios. “Isso ocorre ou por falta de recursos ou porque ele não foi orientado ou não está acostumado a tomar múltiplos remédios. A insuficiência cardíaca não tem cura, mas tem controle”, afirmou Albuquerque.

O cardiologista ressaltou que medidas simples podem evitar a internação e a morte. Uma delas é criar o hábito de se pesar todos os dias, sempre no mesmo horário. “Se a pessoa pesa 70 quilos e dois ou três dias depois está pesando 74, é porque está retendo líquidos.”

(com Estadão Conteúdo)

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