Hospitais americanos se preparam para pânico de ebola
Médicos esperam que cada vez mais pacientes procurem postos de atendimento com falsas suspeitas de Ebola devido à confusão de sintomas da gripe com os da doença, como febres e dores no corpo
A proximidade da estação anual da gripe, o inverno, fez com que hospitais e médicos dos Estados Unidos se preparassem para receber cada vez mais pacientes suspeitando de contaminação pelo vírus ebola. A expectativa é de que cada vez mais pessoas busquem atendimento médico sempre que tiverem sintomas como febre e dores no corpo, que são comuns tanto a pacientes com gripe quanto aqueles infectados pelo ebola.
O sentimento de pânico pelo risco de contaminação do Ebola se espalhou após o dia 30 de setembro, quando o viajante liberiano Thomas Eric Duncan foi diagnosticado como a primeira pessoa infectada com ebola nos Estados Unidos. Além de Duncan, dois dos enfermeiros que o trataram em um hospital de Dallas, Texas, se infectaram, e várias centenas de contatos mais potenciais, diretos e indiretos, foram rastreadas.
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Uma jovem com queixa de dor abdominal e náuseas que havia viajado à África chegou a um hospital de Long Island temendo ter contraído ebola. Ela não tem o vírus – um teste revelou que ela estava grávida. A mulher viajou à África do Sul durante o pior surto de ebola já registrado e viagem chegou ao fim após seis semanas ou duas vezes o período potencial de incubação pela infecção do Ebola. “Há muita ansiedade e a resposta para a ansiedade é informação e formação”, disse Bruce Hirsch, um especialista em doenças infecciosas no Hospital Universitário de North Shore, em Manhasset, Nova York.
O medo da mulher é emblemático do pânico em todo o país desde a primeira detecção de ebola nos Estados Unidos. Dezenas de infecções falsas por ebola têm sido relatadas pelos hospitais, ainda que o vírus seja transmitido através do contato direto com fluidos corporais de uma pessoa infectada e não esteja pelo ar.
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(Com agência Reuters)