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Homem tem a pior ‘supergonorreia’ no mundo e preocupa médicos

Esse é o primeiro registro no mundo de um caso de gonorreia resistente a múltiplos tratamentos

Por Da Redação
29 mar 2018, 18h27

Um homem no Reino Unido foi diagnosticado com o pior caso de gonorreia do mundo. Pela primeira vez, um paciente não respondeu ao tratamento tradicional contra a doença – uma combinação de azitromicina e ceftriaxona.  Embora outros casos da doença resistes aos antibióticos já tenham sido documentados, segundo a Public Health England, a agência de saúde do Reino Unido, este é o primeiro relato no mundo de um caso de gonorreia resistente a múltiplos tratamentos.

“A infecção é muito resistente ao tratamento de primeira linha recomendado. Esta é a primeira vez que um caso apresenta uma resistência de alto nível a essas drogas e à maioria dos outros antibióticos normalmente usados”, disse a Gwenda Hughes, cientista consultora e chefe da seção de infecções sexualmente transmissíveis da Public Health England, à CNN.

O caso

De acordo com o relatório divulgado pela Public Health England, o homem contraiu a infecção depois de se envolver sexualmente com um mulher no Sudeste da Ásia, um mês antes dos sintomas se manifestarem. A agência informou que, no momento, o paciente está sendo tratado por via intravenosa com um antibiótico chamado ertapenem.

Em abril, ele será testado para confirmar se o tratamento, que tem mostrado sinais de que está funcionando, realmente foi bem sucedido contra a super gonorreia. “Estamos acompanhando este caso para garantir que a infecção seja efetivamente tratada com outras opções e o risco de qualquer transmissão subsequente seja minimizado”, afirmou Gwenda.

Até agora não foram identificadas outras pessoas com infecções semelhantes, mas uma investigação está sendo feita pelo serviço de saúde britânico. Além disso, funcionários de saúde estão tentando rastrear pessoas que tiveram relações sexuais com o paciente para conter a possível propagação da doença.

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Gonorreia

A gonorreia é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Neisseria gonorrhoea e pode infectar os órgãos genitais, o reto e a garganta, através do sexo desprotegido, tanto vaginal, quanto oral e anal. No entanto, a forma da doença que mais preocupa os agentes de saúde é a gonorreia na garganta uma vez que ela aumenta as chances de a bactéria desenvolver resistência a antibióticos, isso porque estes medicamentos geralmente são administrados em menor dosagem para tratar infecções nesta região do corpo. Por causa disso, algumas bactérias desenvolvem resistência às drogas.

Em outros tipos de gonorreia, os sintomas podem incluir sensação de queimação ao urinar, secreção verde ou amarela a partir dos órgão sexuais, dor ao urinar e sangramentos esporádicos. Se não for tratada, a infecção pode causar sérios problemas de saúde, incluindo dor abdominal de longa duração, infertilidade e doença inflamatória pélvica, que pode ser transmitida para o bebê durante a gravidez.

A OMS estima que todos os anos 78 milhões de pessoas são contaminadas com a doença. Nos Estados Unidos, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) acreditam que haja 820.000 novas infecções por gonorreia a cada ano. Já no Brasil, o Ministério da Saúde estima que 500.000 brasileiros sejam infectados anualmente.

A entidade vem pedindo para que governos monitorem a proliferação da resistência da doença e invistam em novos remédios. Mas, para a OMS, apenas uma vacina poderia frear de vez esse avanço. 

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Alerta

A gonorreia tem sido uma preocupação crescente para as organizações internacionais de saúde, pois outros casos de resistência aos medicamentos já foram registrados, embora não tão graves quanto este. “As bactérias que causam a gonorreia são particularmente inteligentes. Toda vez que usamos uma nova classe de antibióticos para tratar a infecção, as bactérias evoluem para resistir a elas”, informou Teodora Wi, especialista em reprodução humana da OMS, à CNN no ano passado.

Ela também enfatizou a importância de praticar sexo seguro para evitar essas infecções, através do uso de preservativos de forma consistente e correta com todos os parceiros novos e/ou casuais.

 

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