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Grupo canadense especialista em recuperação pulmonar ajudará vítimas de intoxicação por fumaça

Segundo o Ministério da Saúde, grupo atenderá pacientes que apresentam uma resposta inflamatória no pulmão por causa da inalação da fumaça tóxica

Por Da Redação 31 jan 2013, 21h14

Uma equipe da Universidade de Toronto, no Canadá, chegará ao país no sábado para auxiliar na recuperação dos pacientes internados em Porto Alegre (RS), vítimas do incêndio na boate Kiss na madrugada de domingo. O grupo, comandado por um médico gaúcho, tem especialidade em uma técnica de ventilação extracorpórea, específica para acelerar o processo de recuperação pulmonar.

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VENTILAÇÃO EXTRACORPÓREA

O aparelho de ventilação extracorpórea oxigena o sangue que passa por ele e tira o gás carbônico, substituindo a função do pulmão temporariamente e ajudando na recuperação dele. É um procedimento feito em casos raros de insuficiência respiratória grave em que o aparelho de ventilação mecânica, também chamado de respirador, não dá conta de ajudar na respiração.

BRONCOSCOPIA SERIADA

Broncoscopia é um exame feito com um aparelho de fibra ótica, parecido com o de uma endoscopia, só que mais delicado, cujo objetivo é entrar dentro da via aérea e fazer disgnósticos de doenças pulmonares e biópsias, bem como a retirada de corpos estranhos. Quando feito diariamente, para a retirada de secreção das vias e ajudar na ventilação, é chamado de broncoscopia seriada.

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Fonte: Ricardo Magaldi, pneumologista do Hospital Albert Einstein

De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o trabalho atenderá pacientes que apresentam uma resposta inflamatória no pulmão decorrente da inalação da fumaça tóxica. No momento, uma paciente está sendo atendida pela tecnologia, que já vinha sendo utilizada no país, e há a indicação de outros dois possíveis pacientes. “Será a minoria dos casos, mas para nós é suficiente se uma pessoa puder se salvar por essa tecnologia”, afirmou o ministro. Ele ressaltou que a técnica mais comum, em uso em mais de 50 jovens internados, é a broncoscopia seriada, um tipo de “lavagem” do pulmão.

A chegada do grupo integra a segunda etapa das ações do Ministério da Saúde, previstas para se estender até 18 de fevereiro, quando será realizada uma nova avaliação quanto à necessidade de manter os trabalhos da Força Nacional do SUS ou se o serviço municipal é suficiente. Padilha reforça que, neste momento, a prioridade é “salvar vidas e tirar pacientes do estado crítico de saúde”.

Também fazem parte desta etapa o apoio aos familiares e amigos das vítimas por parte de um grupo especializado de psicólogos, que atuou ajudando as vítimas dos ataques às Torres Gêmeas, em Nova York, e a criação de um novo gabinete de crise da Força Nacional do SUS em Porto Alegre. O grupo trabalhará em parceria com o gabinete de Santa Maria. Diariamente, serão realizadas videoconferências médicas, inclusive com especialistas que atuaram em tragédia similar na Argentina, para análise da evolução dos casos.

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Balanço – O incêndio na boate Kiss deixou 236 pessoas mortas – apenas um jovem morreu após a tragédia, ocasionada provavelmente pelo uso de um sinalizador dentro da boate. Desde domingo, 577 pacientes foram atendidos em Santa Maria, dos quais 344 receberam alta. De acordo com o Ministério da Saúde, 127 pessoas permanecem internadas, das quais 71 estão em estado grave, correndo risco de vida.

Em um balanço da primeira fase da ações, o Ministério da Saúde apontou que atuaram 66 voluntários da Força Nacional do SUS, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e psiquiatras e que foram mobilizados 120 psicólogos e psiquiatras para o atendimento às vítimas e aos familiares. Não existe fila de espera nos bancos de pele.

Apesar de comemorar que não houve um aumento significativo de pessoas procurando o serviço de saúde, Padilha mantém o alerta para que os jovens que estiveram no local da tragédia e que apresentem sintomas como náuseas e tosses procurem imediatamente um hospital e relatem que estiveram na boate.

*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

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