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Greve da Anvisa prejudica abastecimento de laboratórios de análises clínicas

Dados do setor apontam ainda para um prejuízo de cerca de 300 milhões de reais em apenas um mês de paralisação dos servidores

Por Aretha Yarak
15 ago 2012, 18h10

Nesta quinta-feira (16), a greve dos servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) completa um mês. De acordo com levantamento inédito da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), a paralisação está causando problemas de abastecimento em laboratórios de análises clínicas e até mesmo em hospitais em todo o Brasil. Começa a faltar, por exemplo, reagentes usados para exames sanguíneos corriqueiros. Dados da associação apontam ainda para um prejuízo de cerca de 300 milhões de reais – em 2011, o setor movimentou 9,8 bilhões de reais.

Segundo a Abimo, cerca de 50% do material utilizado pelo setor é importado. Entre esses materiais, estão os reagentes usados em exames de sangue e até mesmo em transfusões sanguíneas feitas em hospitais. “Em intensidades diferentes, cerca de 90% dos laboratórios do país já foram afetados”, diz Irineu Grinberg, presidente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC). Grinberg não acredita, no entanto, que a situação possa se tornar caótica ao ponto de um colapso no sistema de análises clínicas nacional.

Os dados do levantamento da Abimo registram que, entre os associados (empresas fornecedores de suprimentos e matérias-primas), 84% estão com as importações prejudicadas, 72% estão tendo as vendas internas prejudicadas e 39% tiveram a produção local comprometida. Os problemas enfrentados em aeroportos têm sido sentidos por 87% dos associados, enquanto outros 46% sofrem com problemas nos portos. “O tempo de vida de muitos produtos é muito curto, por isso, o problema de abastecimento é crítico. Alguns materiais, quando forem liberados, já vão estar com a data de validade vencida”, diz Paulo Henrique Fracaro, vice-presidente da Abimo.

Anvisa – No dia 10 de agosto, a Advocacia Geral da União (AGU) concedeu liminar a pedido da Anvisa determinando que 70% dos servidores de áreas consideradas essenciais voltassem ao trabalho. Segundo a agência, no dia 13, última segunda-feira, esse contingente já havia retomado suas atividades normais. “Sendo muito otimista, acredito que vai levar de três a cinco semanas para voltarem a normalizar as operações. E os prejuízos são irreparáveis”, diz Fracaro.

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