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Ginecologistas acusam planos de interferirem em seu trabalho

Empresas de convênio médico mais apontadas como causadoras do problema foram Amil, Intermédica e Sulamérica

Por Da Redação
31 ago 2012, 10h45

Ginecologistas e obstetras do estado de São Paulo consideram ruim ou péssimo o atendimento dos planos de saúde e dizem que interferências das operadoras afetam seu trabalho. São situações como a redução do período de internação e a designação de auditores para autorizar procedimentos. Esse é o quadro obtido por pesquisa Datafolha encomendada pela Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp).

Após entrevistas com 451 profissionais associados à Sogesp, ela aponta que 97% deles consideram que há interferência das operadoras, sendo que para 58% a interferência é grande ou muito grande. Quando indagados sobre como avaliam a qualidade dos serviços dos planos ou seguros de saúde, 45% disseram ser ruim ou péssima. A avaliação foi pior que a feita sobre a qualidade do serviço público de saúde, considerada ruim ou péssima por apenas 29% dos entrevistados.

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Mas o problema mais grave apontado foi a interferência. A situação mais citada, por 87%, foi a �glosa de procedimentos�, em que a operadora se recusa a pagar por atos já realizados pelo médico. Os entrevistados foram questionados sobre quais planos interferem mais. Entre os oito citados, receberam mais destaque Amil (15%), Intermédica (13%) e Sulamérica Saúde (13%). Apesar de a pesquisa não ter abordado os possíveis danos da interferência, os médicos contam que a percepção é de que, a longo prazo, um atraso num prognóstico pode levar a uma piora da saúde da mulher.

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Próximos passos – Os resultados da pesquisa serão encaminhados para Agência Nacional de Saúde Suplementar, Conselho Nacional de Justiça, Congresso Nacional e Assembleia Legislativa do Estado. A Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) informou que pretende expandir uma pesquisa nos mesmos moldes para todo o País.

As três operadoras mais citadas mandaram notas à imprensa. A Amil disse que �não interfere, de maneira alguma, na autonomia dos médicos e outros profissionais de saúde�. A Intermédica afirmou que �os poucos médicos ginecologistas e obstetras credenciados em seus consultórios próprios não sofrem a menor interferência�. E a Sulamérica disse que �atua em linha com o que preconiza a Resolução Normativa n.º 259�.

(Com Agência Estado)

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