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Gene que mantém embrião vivo pode ser alvo de tratamento contra doenças sem cura

Segundo novo estudo, a regulação do gene Arih2 poderia combater tanto condições autoimunes quanto doenças que atacam o sistema de defesa, como a aids

Por Da Redação
27 nov 2012, 10h14

Pesquisadores descobriram que o Arih2, um gene envolvido no processo de manter um embrião vivo, também tem importante papel na atuação do sistema imunológico. Segundo esses especialistas, quando esse gene é desativado, a resposta imune do corpo aumenta. Isso pode, por um lado, ajudar a combater doenças que atacam o sistema imunológico, como a aids, mas também desencadear condições autoimunes (quando o sistema de defesa ataca o próprio corpo), como a artrite reumatoide. Os achados, publicados nesta segunda-feira na revista Nature Immunology, portanto, podem fazer com que esse gene se torne alvo para tratamentos contra esses dois tipos de doença.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: ARIH2 is essential for embryogenesis, and its hematopoietic deficiency causes lethal activation of the immune system

Onde foi divulgada: revista Nature Immunology

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Quem fez: Amy Lin, Gregor Ebert, Arda Shahinian, Gordon Duncan, Jennifer Silvester, Pamela Ohashi, Tak Mak e Marc Pellegrini

Instituição: Instituto de Pesquisa Médica Walter and Eliza Hall, Austrália

Resultado: Ativar o gene Arih2 pode amortecer a resposte imune do corpo e ajudar a combater doenças autoimunes. Por outro lado, desativá-lo acelera essa resposta, podendo tanto desencadear essas doenças quanto ajudar a lutar contra condições que atacam o sistema imunológico, como a aids, por exemplo.

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O estudo, desenvolvido no Instituto de Pesquisa Médica Walter and Eliza Hall, na Austrália, foi feito com camundongos. Os pesquisadores, que já desconfiavam do papel do Arih2 sobre o sistema imunológico, primeiro retiraram esse gene dos embriões dos animais e observaram que eles morreram em seguida. Isso confirmou que uma deficiência nesse gene resulta na morte embrionária. “Nós não compreendemos completamente o motivo pelo qual a deficiência no gene Arih2 provoca a morte embrionária. Acreditamos que a causa mais provável seja a morte de um grande número de células do fígado do embrião que ocorre com a resposta inflamatória gerada por essa deficiência”, disse Marc Pellegrini, coordenador do estudo, ao site de VEJA.

Depois, a equipe removeu o mesmo gene de camundongos adultos. Sem o gene, o sistema imunológico desses animais foi impulsionado por um curto período de tempo (seis semanas), mas depois passou a ser tão ativo que começou a atacar células saudáveis dos roedores – o que acontece quando existe uma doença autoimune. “É como um acelerador. Nas doenças infecciosas, você quer frear esse gene e, no caso de doenças autoimunes, você quer acelerar a sua ação com o objetivo de parar a resposta imune”, diz Pellegrini.

Embora a pesquisa tenha sido feita com camundongos, os autores acreditam que o gene Arih2 tem potencial para se tornar alvo para tratar e, eventualmente, combater doenças em humanos que, hoje, são incuráveis.

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