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Gêmeos ficam abraçados no útero e sobrevivem a gestação de risco

Rowan e Blake foram gerados no mesmo saco amniótico e corriam o risco de se estrangularem antes de nascer

Por Da redação
Atualizado em 25 mar 2021, 18h14 - Publicado em 30 jan 2017, 16h05

Hayley Lampshire, de 27 anos, é professora infantil e teve duas surpresas ao ficar grávida. A primeira: estava esperando gêmeos. A segunda: a gestação era de gêmeos monocoriônicos e monoamnióticos. Uma condição rara na qual há um grande risco de um ou ambos os bebês morrerem devido ao entrelaçamento dos cordões umbilicais. Felizmente, os gêmeos Rowan e Blake se mantiveram quietos e praticamente abraçados até o momento do parto. Segundo informações do jornal britânico The Mirror, em alguns momentos parecia até que os bebês estavam se abraçando. 

Gêmeos monocoriônicos e monoamnióticos são gêmeos idênticos que compartilham a mesma placenta e a mesma membrana ou saco amniótico. A condição corresponde a 1% das gestações gemelares e a taxa de mortalidade chega a 50%, sendo a principal entrelaçamento dos cordões, a principal causa, devido à interrupção dos suprimentos de oxigênio e alimentação dos bebês.

Hayley e seu marido Charlie se casaram em 2015 e souberam da gravidez alguns meses depois da cerimônia. “Quando fizemos o exame de rotina às 12 semanas de gestação, descobrirmos que eram gêmeos e ficamos completamente em choque, já que não sabíamos como iríamos cuidar de dois bebês. Na mesma ocasião soubemos que seria uma gravidez de risco e uma semana depois fomos a um especialista que confirmou a gravidez de gêmeos monocoriônicos e monoamnióticos. Eu e meu marido Charlie ficamos desolados quando soubemos que nossos bebês estavam em perigo. Nos disseram que a interrupção seletiva seria o último recurso possível, mas tentamos não pensar nisso. “, contou Hayley. 

Na maioria das gestações, o fator de risco diminui a partir da 12ª semana. Mas no caso de Hayley, o risco só aumentava conforme a gestação avançava, já que os bebês iam crescendo. O grande problema desse tipo de gestação é que se os bebês começam a se movimentar muito no útero, existe o risco de seus cordões se entrelaçarem ou deles se estrangularem.

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A única forma de ambos sobreviverem à gestação era se eles se mantivessem quietos. E foi exatamente o que eles fizeram. Aliás, fizeram mais do que isso. Imagens de ultrassom mostraram que os irmãos estavam abraçados. Em alguns momentos, parecia até mesmo que eles estavam de mãos dadas.

“Eles precisavam ficar quietos para se manterem vivos e em algumas imagens parecia que eles estavam se abraçando. Nós ficamos aliviados quando eles nasceram e ambos estão muito bem. Charlie e eu ficamos apavorados no princípio, mas queremos compartilhar nossa história para assegurar outros pais de que há esperança, algo que nós lutamos para encontrar quando estávamos passando por isso. Até agora eles estão dividindo muito bem, afinal de contas isso salvou suas vidas, mas eu tenho certeza que será diferente quando eles ficarem mais velhos.”, brinca a mãe.

Os gêmeos nasceram de cesárea no final de agosto do ano passado e pesavam pouco mais de dois quilos cada. Hayley conta que os médicos agendaram a cesárea para a 34ª semana de gestação, pois os médicos não queriam que o risco aumentasse ainda mais.

“Os meninos nasceram com 36 segundos de diferença e foram levados imediatamente para os cuidados especiais. Eles tinham fluido nos pulmões e estavam lutando para respirar por conta própria. Eu fui liberada para ir para casa três dias depois, mas eles precisaram ficar no hospital por três semanas. Deixá-los lá foi a pior parte. Mas agora eles estão bem e estão crescendo tão rápido e nós sabemos que temos muita sorte por tê-los aqui. Quando eles crescerem vamos contar o quanto o laço deles é especial.”, disse Hayley.

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