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Fisioterapia é tão efetiva quanto cirurgia para lesão no joelho

De acordo com um novo estudo, três meses de exercícios especializados são suficientes para tratar lesão no menisco, um problema comum no joelho

Por Da redação
28 jul 2016, 15h53

Exercícios localizados ou fisioterapia são tão efetivos quanto a cirurgia para tratar uma lesão no menisco. De acordo com um estudo publicado recentemente no periódico científico BMJ, pessoas diagnosticadas com o problema, comum em adultos de meia-idade, devem tentar a fisioterapia antes da artroscopia.

O menisco é uma cartilagem responsável pelo amortecimento do impacto no joelho. Lesões na região, causadas pelo uso e desgaste da articulação, geralmente são reparadas por meio de artroscopia, um procedimento minimamente invasivo que realiza dois cortes de 0,5 centímetro cada um. De acordo com o estudo, dois milhões de pessoas são submetidas ao procedimento a cada ano, a um custo de vários bilhões de dólares. Pesquisas anteriores sugeriam que a operação tem pouco benefício para a maioria dos pacientes e está associada a riscos de longo prazo, como artrose, também conhecida como osteoartrite, e perda de cartilagem.

Para verificar essa hipótese, pesquisadores da Dinamarca e da Noruega realizaram um estudo comparativo entre os resultados do tratamento cirúrgico e da fisioterapia. Participaram do experimento 140 adultos com cerca de 50 anos, diagnosticados com lesão no menisco. Metade dos pacientes foi submetida à operação e orientada a fazer exercícios em casa; os demais deveriam realizar três meses de sessões de exercício supervisionado, de duas a três vezes por semana.

Após esse período, o grupo submetido à fisioterapia teve melhor desempenho em testes de força muscular na coxa que os pacientes que fizeram a cirurgia. Depois de dois anos, a melhoria em ambos os grupos foi igual: os participantes relataram progressão semelhante em termos de dor, capacidade de praticar esportes, participar de atividades de recreação e qualidade de vida relacionada ao joelho. E, embora 13 pacientes do grupo de fisioterapia tenham optado pela cirurgia durante o estudo, o procedimento não trouxe nenhum benefício adicional a esses participantes.

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“Em geral, o tratamento não-cirúrgico é preferível para os pacientes, porque todo tratamento cirúrgico inclui risco de complicações. Os médicos sabem disso faz tempo, mas ainda vai demorar até que cirurgia deixe de ser indicada como tratamento primário”, disse Nina Jullum Kise, cirurgiã ortopédica no Hospital  Martina Hansens, na Noruega, e coautora do estudo.

De acordo com a pesquisadora, pessoas com lesões degenerativas devem fazer exercícios especializados, orientados por um fisioterapeuta, de duas a três vezes por semana durante três meses. Se depois disso a dor não passar, a cirurgia deve ser considerada.

“Os pacientes pensam que o tratamento com exercícios é demorado e caro. Tento explicar o quanto é importante salvar o menisco para reduzir o risco de osteoartrite associado à cirurgia e, nesse caso, talvez valha gastar tempo e dinheiro na fisioterapia.”, afirma Nina.

A autora ressalta que o estudo foi feito em adultos com lesão degenerativa no menisco e não em pacientes com lesões traumáticas, que geralmente ocorrem em pessoas mais jovens e são causadas durante a prática de esportes ou acidentes. Nesses casos, a cirurgia talvez ainda seja o melhor caminho.

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