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FDA se reúne para votar sobre atualização das vacinas contra a Covid-19

Painel independente de conselheiros da agência reguladora discutem se os imunizantes devem ser reformulados para atingir a ômicron e suas subvariantes

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jul 2022, 17h02 - Publicado em 28 jun 2022, 15h33

Um painel independente de conselheiros da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, se reuniu nesta terça-feira 28, para discutir e votar sobre a reformulação e atualização das vacinas contra a Covid-19. A principal questão é o desenvolvimento de um novo imunizante que consiga também atingir a ômicron e suas subvariantes.

Peter Marks, supervisor do departamento de vacinas da FDA, afirmou no início da reunião que uma boa combinação entre uma vacina e uma variante poderia levar a uma maior eficácia e durabilidade do imunizante. Ele também disse que as subvariantes da ômicron, BA.4 e BA.5 estavam “preparadas para se tornarem dominantes”, apontando o caminho para onde os reguladores devem olhar na avaliação de uma nova composição para injeções contra o coronavírus. Pouco depois de suas observações, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) divulgaram novas estimativas mostrando que as duas subvariantes representam atualmente mais da metade dos novos casos no país.

Marks exibiu ainda uma linha do tempo sugerindo que os reguladores decidissem sobre a composição de uma nova vacina até o início de julho, já que os fabricantes das vacinas de mRNA, Moderna e Pfizer-BioNTech, precisam de cerca de três meses para começar a produzir doses com uma nova configuração.

O grupo consultivo também é questionado se é melhor criar vacinas que combinam a formulação original com uma direcionada à ômicron ou um imunizante específico para a variante. Os dados da agência apoiam a opção que combina vacinas existentes com a ômicron, mas receberam críticas de pesquisadores que alegam que este modelo “já está desatualizado”. Outra dúvida é se os profissionais de saúde devem continuar usando a original da vacina em pessoas que ainda não foram totalmente imunizadas, mesmo se a composição do reforço mudar.

Heather Scobie, epidemiologista do CDC, apresentou dados na reunião mostrando que as taxas de americanos hospitalizados com 70 anos ou mais aumentaram substancialmente nos últimos meses. Apesar da má notícia, ela mostrou índices que evidenciam que a quarta dose reduziu o risco de morte em adultos mais velhos. Segundo a especialista, as autoridades de saúde pública deveriam “pressionar o segundo reforço para pessoas em idades mais avançadas e, assim, protegê-los contra doenças graves”.

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A possibilidade de uma vacina mais avançada tem sido questionada há meses por autoridades federais de saúde, que alertaram que, à medida que o vírus evolui rapidamente, a proteção induzida pelo imunizante contra a infecção desaparece, permitindo que algumas pessoas sejam reinfectadas.

No material informativo, funcionários da FDA argumentam que o risco de outro grande surto aumentará ainda este ano “devido à combinação de diminuição da imunidade, evolução adicional de variantes e aumento da atividade interna”. Justin T. Lessler, epidemiologista da Universidade da Carolina do Norte, apresentou uma série de projeções sobre a trajetória da pandemia nos próximos meses nos Estados Unidos.

Em um cenário mais otimista, sua equipe antecipou 95.000 mortes no período de 12 meses, até março de 2023. No mais pessimista, a nação sofreria mais de 200.000 mortes, levando-se em conta o declínio de imunidade e o surgimento de novas variantes. Ainda assim, ele alertou que a natureza imprevisível da pandemia dificultava fazer suposições sobre novas variantes e o estrago que elas poderiam causar. “Esse é o problema. Hoje, estamos sendo questionados como se tivéssemos uma bola de cristal”, disse Arnold S. Monto, epidemiologista da Universidade de Michigan e presidente do comitê da FDA.

A Moderna e a Pfizer, fabricantes das duas vacinas mais usadas nos Estados Unidos, estudaram imunizantes específicos contra a ômicron, esperando que sejam seriamente considerados como opção de reforço no outono. Mas a pesquisa foi complicada pelas subvariantes, para as quais as empresas ainda não conseguiram desenvolver vacinas.

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A Pfizer mostrou ao painel dados preliminares de um estudo com camundongos sugerindo que uma vacina combinando o protótipo com BA.4 e BA.5 funcionou melhor contra todas as subvariantes da ômicron do que a existente. Um funcionário da empresa disse que os pesquisadores ainda não têm uma comparação lado a lado com uma versão direcionada à própria cepa. A empresa disse ainda que pode cumprir o prazo de outubro com uma vacina que visa as subvariantes mais recentes. Já a Moderna afirmou que provavelmente não teria essa opção pronta até o final deste ano ou início do próximo ano.

Abaixo, os números da vacinação no Brasil:

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