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Falha contra o ebola faz ONU criar ‘exército’ médico

Essa é uma das medidas anunciadas no domingo, na maior reforma da OMS em 40 anos

Por Da Redação
26 jan 2015, 13h19

A Organização das Nações Unidas (ONU) criará batalhões de emergência contra epidemias, compostos por médicos. Essa é uma das medidas anunciadas neste domingo, na maior reforma da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 40 anos e como resposta à crise do ebola.

Em uma reunião especial convocada em Genebra, a OMS admitiu que falhou ao não identificar a epidemia antes que se espalhasse e fizesse milhares de mortos. A cúpula da entidade apresentou o mea-culpa diante da situação e reconheceu: nem o mundo nem a OMS estavam preparados para o vírus.

Alvo de críticas e evitando a imprensa, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, apresentou a proposta de criação de um novo sistema de defesa contra doenças. “O mundo nunca mais deveria ser surpreendido”, disse. “Temos de ir à guerra. Mas nem estamos preparados nem temos os meios”, alertou. “A OMS que temos não é a que necessitamos”, disse Tom Frieden, diretor do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC).

O primeiro caso da epidemia ocorreu em dezembro de 2013, na Guiné. Mas o escritório da OMS na África minimizou o caso. Hoje, há 9 000 mortes, 22 000 pessoas infectadas e economias do Oeste da África destruídas.

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Brasil – O projeto aprovado teve o apoio do Brasil e reconhece “a necessidade urgente de contar com uma capacidade de resposta mais efetiva diante de uma emergência de saúde”. Entre as principais medidas está a criação de equipes de médicos internacionais que, em caso de um novo surto, serão enviados a locais estratégicos para parar uma doença antes que ela se espalhe. “A falta de recursos humanos limitou a capacidade de dar uma resposta a muitas emergências”, admitiu a entidade.

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Fundo – A proposta também fala na necessidade de criar um fundo de emergência para lidar com epidemias. O ebola surgiu em um momento em que a OMS cortou de forma radical seu orçamento. Muitos governos tinham deixado de pagar as iniciativas voluntárias da entidade e, para não falir, a organização foi obrigada a acabar com diversos programas. O orçamento para surtos, por exemplo, foi cortado em 50% entre 2012 e 2014.

A OMS também passará por uma reforma completa de sua gerência. “O surto revelou as falhas administrativas dessa organização”, admitiu Margaret. Segundo ela, o processo de seleção de pessoas em caso de emergência é “muito lento”. Ela também apresentou uma reforma para centralizar o trabalho da entidade, e não depender só dos escritórios regionais. Para críticos, foi a falta de ação do escritório na África que deixou o ebola se proliferar.

(Com Estadão Conteúdo)

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