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Exposição ao sol na juventude é fator de risco para o câncer de pele em idodos

Embora exposição aos raios ultravioleta aos 40, 50 ou 60 anos influencie, tomar muito sol antes dos 30 foi fator que teve maior relação com os carcinomas

Por Da Redação
26 jul 2012, 09h00

Um novo estudo mostra que a recorrência do carcinoma basocelular em idosos pode ser um sinal de que a doença se tornou crônica. Esse carcinoma é o tipo mais comum de câncer de pele, e é o menos agressivo. Muitas vezes, no entanto, ele costuma reaparecer depois dos tratamentos. Na pesquisa, publicada na revista Journal of Investigative Dermatology, os cientistas analisaram os fatores que podem levar ao reaparecimento desse tipo de tumor, e descobriram que a exposição ao sol durante a juventude pode ser um deles.

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CARCINOMA BASOCELULAR

O câncer de pele é o câncer mais frequente no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país. Se for detectada precocemente, a doença apresenta altos percentuais de cura. Entre os tipos de câncer de pele mais frequentes está o carcinoma basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos.

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O carcinoma basocelular costuma desenvolver-se em superfícies da pele que estão expostas à radiação solar como face, couro cabeludo, orelha, mãos, dorso e pernas. Os tumores começam com formações muito pequenas, brilhantes, duras e salientes. Geralmente, a doença cresce lentamente e não provoca dor. O tratamento, se realizado nas fases iniciais, é muito simples e resulta quase sempre na cura do tumor.

“O carcinoma basocelular se torna uma condição crônica a partir do momento em que o paciente tenha apresentado vários casos do tumor, pois sempre existe o risco de ele desenvolver mais casos”, diz Martin Weinstock, professor de dermatologia na Universidade Brown, e autor do estudo. “Não é algo que conseguimos curar no momento. É algo que nós precisamos monitorar continuamente, de modo que quando o câncer reaparecer nós possamos minimizar seus danos”.

Os pesquisadores analisaram 1.131 pacientes, com idade média de 72 anos. Os participantes haviam tido, em média, mais de três episódios do carcinoma basocelular antes de participar do estudo. Pelo menos 44% deles desenvolveram novos carcinomas durante a pesquisa.

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Fatores de risco – Segundo os cientistas, o maior fator que previa o surgimento de novos carcinomas era o histórico prévio de tumores. Os 129 participantes que haviam tido mais de cinco carcinomas nos cinco anos anteriores ao estudo tiveram um risco quatro vezes maior de desenvolver novamente a doença do que os 204 participantes que tiveram um ou menos casos. Quando comparados com os pacientes que tiveram três casos nos últimos cinco anos, seu risco era duas vezes maior de apresentar novos tumores.

Outro fator de risco foram os eczemas, uma forma de inflamação na pele. Os participantes que apresentavam um histórico familiar da condição tinham chances maiores de ter o carcinoma de forma recorrente. “Nós não sabemos por que isso acontece. A conexão com o eczema é nova e precisa ser melhor explorada”, diz Weinstock.

O estudo também mostrou que a exposição intensa ao sol antes dos 30 anos de idade foi um forte fator de risco para a recorrência do tumor entre os idosos. “Embora nós não possamos ignorar o risco da exposição aos raios ultravioleta aos 40, 50 ou 60 anos de idade, a exposição antes dos 30 foi a que teve maior relação com os carcinomas em nosso estudo”, afirma o pesquisador.

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