Europa amplia restrições para conter aumento de infecções pela ômicron
Finlândia, Suécia e Dinamarca passaram a exigir comprovante de vacinação completa; na Alemanha, estão proibidas reuniões com mais de dez pessoas vacinadas
Enquanto cresce pelo mundo o número de novos casos de infecção pela variante ômicron do coronavírus, aumenta também o total de países que estabelecem restrições à entrada de estrangeiros ou à circulação de pessoas. A maior parte está na Europa, onde a cepa já se tornou dominante.
A Finlândia foi a mais recente nação a anunciar medidas de controle mais rígidas. Nesta terça-feira, 28, o país informou que não permitirá o ingresso de viajantes de fora sem a certificação de imunização completa. Até ontem, era possível entrar em território finlandês desde que, além do comprovante de uma dose de vacina, a pessoa apresentasse teste negativo para Covid-19. Suécia, Dinamarca e Áustria haviam tomado a mesma decisão dias atrás.
Na Alemanha, passa a valer desde esta terça a proibição de reuniões com mais de dez pessoas vacinadas ou de dois indivíduos não vacinados. Também foram fechadas casas noturnas e suspensa a participação de público em eventos esportivos.
Ontem, segunda-feira, 27, a França resolveu ampliar os critérios para obtenção do passaporte sanitário, exigindo comprovante da segunda dose.
A China, que adota a política de Covid zero, mantém mais de treze milhões de habitantes em lockdown há uma semana na província de Xi’an, onde há registro de elevação do total de novas infecções pelo SARS-CoV-2.
O setor de turismo, um dos mais impactados pela pandemia, sofre novamente os efeitos da proliferação da ômicron. Nos Estados Unidos, o Centro de Controle de Doenças (CDC) monitora a evolução de casos em mais de setenta cruzeiros marítimos em passagem pelo país.
No Brasil, os navios MSC Splenda e Costa Cruzeiros aportaram neste início de semana transportando 32 passageiros infectados. As embarcações foram vistoriadas por agentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e os turistas infectados encontram-se em isolamento.
Apesar de sua elevada taxa de transmissão, a ômicron parece mesmo causar sintomas leves e moderados, como previram inicialmente os primeiros estudos sobre a nova cepa de preocupação em circulação pelo mundo.
Contudo, autoridades médicas temem que o acúmulo de novas contaminações leve à sobrecarga dos sistemas de saúde, já bastante prejudicados ao longo dos dois anos de pandemia. Por isso, a recomendação é a de que as pessoas mantenham os cuidados sanitários e se vacinem. As pesquisas estão mostrando que doses de reforço impedem a manifestação de sintomas graves de Covid-19 mesmo quando a infecção é pela ômicron.
Abaixo, seguem os dados sobre a vacinação no Brasil: