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EUA: 11% das crianças em idade escolar têm TDAH

No país, o número de crianças e adolescentes em idade escolar que receberam esse diagnóstico cresceu 41% na última década. Especialistas se preocupam com o abuso dos medicamentos

Por Da Redação
1 abr 2013, 18h42

Nos Estados Unidos, 11% das crianças em idade escolar vivem com o diagnóstico de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) – a prevalência é de 15% entre meninos e de 7% entre meninas. Esses são os novos dados do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês), órgão federal de saúde do país, sobre o distúrbio. Os números foram divulgados neste domingo pelo jornal americano The New York Times.

Segundo a publicação, a prevalência de TDAH é ainda maior quando levados em consideração apenas os jovens com idades entre 14 e 17 anos – entre eles, 19% dos meninos e 10% das meninas receberam, em algum momento de suas vidas, o diagnóstico do transtorno.

Os dados preliminares do CDC foram obtidos a partir de uma pesquisa por telefone feita com 76.000 pais entre 2011 e 2012. Segundo o jornal americano, cerca de 6,4 milhões de crianças e adolescentes de quatro a 17 anos no país já foram diagnosticados com TDAH – um aumento de 41% em relação à última década.

Especialistas ouvidos pelo The New York Times afirmaram que há diversas formas de interpretar esse aumento. Para alguns, isso se deve ao fato de os médicos estarem considerando como TDAH qualquer problema de atenção apresentado pela criança. Outros acreditam que os pais dos jovens pressionem os médicos cada vez mais para que os ajudem com problemas comportamentais de seus filhos.

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Abuso de remédios – Os dados do CDC ainda mostraram que aproximadamente dois em cada três dos jovens diagnosticados com TDAH nos Estados Unidos receberam prescrições médicas para tomar medicamentos estimulantes usados para tratar os sintomas do distúrbio, como a Ritalina, por exemplo. Segundo o jornal americano, as vendas de estimulantes mais do que dobraram nos últimos anos – em 2007, elas alcançaram quatro bilhões de dólares e, em 2012, atingiram nove bilhões de dólares.

Para alguns especialistas, esses dados aumentam as preocupações com o potencial abuso de medicamentos usados para tratar o TDAH. “Precisamos garantir o equilíbrio. Os remédios certos para TDAH, dados às pessoas certas, podem fazer uma grande diferença. Infelizmente, o uso indevido parece estar crescendo em um ritmo alarmante”, disse Thomas Frieden, diretor do CDC.

James Swanson, professor de psiquiatria na Universidade Internacional da Flórida e pesquisador de TDAH, considerou que “não há como quase um em cada cinco meninos do ensino médio ter TDAH”, disse ao jornal. “Se nós começarmos a tratar crianças que não têm o transtorno com estimulantes, um certo percentual terá problemas que são previsíveis: alguns deles terminarão com abuso e dependência.”

(Com agência France-Presse)

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