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Estudo sugere que exercício aeróbico pode frear avanço do Alzheimer

Pesquisa publicada no Journal of Alzheimer’s Disease sinaliza que a intervenção pode reduzir de forma significativa o declínio cognitivo

Por Da Redação Atualizado em 12 Maio 2021, 19h06 - Publicado em 12 Maio 2021, 18h06

Pesquisadores descobriram que exercício aeróbico pode frear o avanço do Alzheimer. A pesquisa foi publicada no formato de estudo piloto no Journal of Alzheimer’s Disease e sinaliza que esse exercício pode intervir na doença e prepara o terreno para estudos futuros que possam corroborar com a ideia inicial.  

O estudo analisou se um grupo de idosos com o Alzheimer teria menos declínio cognitivo após seis meses de exercícios aeróbicos em comparação com o nível de declínio esperado sem esses exercícios. Os pesquisadores selecionaram 96 idosos com 66 anos ou mais, portadores da doença, e os dividiu em dois grupos. O primeiro grupo, com 64 pessoas, participou de aulas de ciclismo três vezes por semana por um período de seis meses. Já os 32 restantes participaram de aulas de alongamento e exercícios de amplitude de movimento.  

Os pesquisadores seguiram monitorando a frequência cardíaca dos participantes em ambos os grupos. Além disso, o grupo do ciclismo foi incentivado a atingir de 50 a 75% da reserva da frequência cardíaca, ajudando ao mesmo tempo o outro grupo a manter menos de 20%. 

Os resultados comprovaram que ambos os grupos apresentaram resultados significativamente melhores do que se tivessem continuado apenas o tratamento padrão. Para chegar a essa conclusão, foi usado um sistema de escala em que quanto maior o número, pior a cognição. Após seis meses de exercícios ambos os grupos apresentaram números inferiores às expectativas previamente estabelecidas.

Segundo Fang Yu, pesquisador da Universidade Estadual do Arizona e um dos responsáveis pelo estudo, a intervenção de exercícios aeróbicos reduziu de forma significativa o declínio cognitivo se comparado com o curso natural da doença. Porém, ainda não existem dados estatísticos que possam detectar diferenças entre os grupos. 

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Apesar das notícias animadoras, os pesquisadores deixaram claro que se trata de um estudo piloto e que ainda é muito cedo para afirmar algo, visto a quantidade de inconsistências no trabalho.

Alzheimer

O Alzheimer é uma doença irreversível e progressiva que afeta as funções neurológicas do indivíduo. Nas formas mais brandas, afeta a capacidade de lembrar ou pensar em coisas específicas. Nas mais moderadas, podem afetar regiões do cérebro e prejudicar a linguagem, o raciocínio, o processamento sensorial e o pensamento consciente. Já nos estágios mais avançados, o paciente fica impossibilitado de realizar funções básicas, como comunicação e reconhecimento de pessoas. 

Segundo dados do Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos (NIA, na sigla em inglês), a doença costuma aparecer por volta dos 65 anos de idade. Sem cura, o tratamento foca em medidas que possam retardar o avanço da doença e amenizar os seus sintomas. Enquanto os remédios são a principal forma de atenuação, novas evidências sugerem que o exercício aeróbico também pode ser eficaz no retardamento dos sintomas. 

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