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Estudo dos morcegos pode ajudar na criação de terapias contra a Covid-19

Cientistas querem descobrir por que os animais também se infectam com coronavírus mas não desenvolvem doença grave

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 set 2021, 14h00

Cientistas do Departamento de Pediatria da Monash University e do Hudson Institute of Medical Research, nos Estados Unidos, estão otimistas com um novo caminho que pode ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos contra a Covid-19: estudar as respostas imunológicas dos morcegos ao coronavírus. Segundo um artigo publicado nesta sexta-feira 17, na revista Science Immunology, o estudo dos mamíferos voadores pode trazer muitas respostas importantes para a ciência sobre como, quando e qual a melhor forma de utilizar as terapias existentes contra a doença e fornecer informações que talvez ajudem a criar novas opções eficazes de tratamentos.

Embora os morcegos possam se infectar com coronavírus, eles não apresentam efeitos clínicos sérios da infecção, manifestando apenas sintomas mínimos. “Prevenir a progressão para doença grave ou tratá-la com eficácia – em outras palavras, imitar a reação dos morcegos ao coronavírus – aliviaria significativamente o sofrimento e salvaria vidas”, afirmam os professores Marcel Nold e Claudia Nold, autores da revisão, escrita em colaboração com pesquisadores australianos e chineses, sobre como o vírus e suas variantes causam estragos no sistema imunológico humano.

Os autores sugerem que alguns mecanismos de resistência dos morcegos poderiam ser incorporados em terapias como o ajuste fino da resposta imunológica humana ao vírus, incluindo o aumento das respostas dos interferons – glicoproteínas com alta atividade antiviral produzidas em nosso corpo, considerados parte essencial da defesa do organismo contra múltiplos vírus – ou, uma vez desenvolvida a forma mais grave da doença, bloqueando inflamassomas, complexo de proteínas que se forma no citoplasma das nossas células em resposta a infecções ou estresse celular, literalmente imitando o que acontece em morcegos. “Poderia minimizar a inflamação excessiva, a exaustão imunológica e as tempestades de citocinas que ocorrem em humanos”, explica Nold.

De acordo com o professor, o desenvolvimento de terapias eficazes é uma necessidade urgente por conta do surgimento das variantes. Desde sua identificação, em janeiro de 2020, o SARS-CoV-2 sofreu mutações que originaram diversas cepas, entre elas a Delta, que hoje impulsiona o crescimento de casos no mundo. “Prevenir a infecção ou possibilitar que os pacientes não manifestem a forma grave da Covid-19 são os objetivos. Portanto, os esforços para identificar terapias seguras e eficazes que evitem a progressão para os estágios moderados e graves são essenciais”.

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