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Estudo denuncia adição de açúcar no tabaco para atrair jovens e mulheres

Aditivos disfarçam sabor amargo do tabaco e ajudam a reforçar a dependência

Por Da Redação
26 out 2011, 18h08

As indústrias tabagistas estão utilizando açúcar e aromas para suavizar o gosto de seus produtos e atrair o público mais jovem e também mulheres, denuncia um estudo do Comitê Nacional contra o Tabagismo francês (CNTC) divulgado nesta quarta-feira pela imprensa francesa.

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NO BRASIL, ADITIVOS AINDA SÃO PERMITIDOS

Segundo a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), cigarros com aditivos, como açúcar e aromas artificiais, não são proibidos no país. Entretanto, o órgão promoveu, no primeiro semestre deste ano, uma consulta pública sobre uma possível proposta de lei que proibisse o uso desses aditivos nos cigarros. Ainda de acordo com a Anvisa,mais de 400 mil sugestões chegaram à Agência. Uma audiência pública para a divulgação desses resultados foi marcada para duas semanas atrás, porém, a um sindicato que representa a indústria do tabaco conseguiu uma liminar na justiça suspendendo a audiência.

A análise feita em parceira com uma revista 60 million consumers detalha que para captar novos clientes e fidelizá-los foram desenvolvidos produtos específicos com aromas de baunilha, morango e chocolate, que disfarçam o sabor amargo do tabaco e de maneira paralela reforçam a dependência à nicotina. Um decreto de 2009 proíbe na França adição de adoçante no cigarro e limita a quantidade de aroma de baunilha.

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Conforme o estudo divulgado pelo jornal Le Post, “dezenas de outros sabores são permitidos, e o decreto só se aplica a cigarros, e não aos demais produtos de tabaco”. “O que está proibido num cigarro pode estar autorizado em outro”, lamentam as organizações, as quais encontraram uma quantidade de açúcar próxima de 10% no tabaco de enrolar e adoçantes no papel de fumar.

O número é mais alarmante. Cerca de 7% dos estudantes enrolam seus cigarros e o consumo do tabaco de rolo passou de 5.000 para 7.000 toneladas nos últimos 20 anos.

Marketing – Os cigarros finos fizeram uma ofensiva de marketing às mulheres adicionando aromas de baunilha. As análises descobriram em alguns produtos quantidades dez vezes superiores às autorizadas nos cigarros, alertam os responsáveis pelo estudo.

A revista e o CNCT exigem que a regulamentação se aplique não só de maneira restrita, mas afete todos os produtos do tabaco, e solicitam a proibição dos demais aromas agora autorizados, o que já está em prática no Canadá.

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Para resistir à ofensiva da indústria do tabaco às mulheres e aos adolescentes, pedem que a informação nas embalagens seja mais clara, porque não é possível que um consumidor receba mais informações sobre a composição de um iogurte do que de um produto tão nocivo como o tabaco.

Leia mais:

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Médicos espanhóis pedem proibição dos cigarros mentolados

(Com Agência EFE)

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